Santa Catarina está há quatro anos sem registrar casos de sarampo e há dois tem alcançado a meta de 95% de vacinação da tríplice viral (primeira dose), que protege contra a doença e outras duas, caxumba e rubéola.

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Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a novembro, 98,12% das crianças de 1 ano receberam a primeira dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola. Em 2023, a cobertura vacinal foi de 96,95%. Segundo o órgão federal, a meta é que 35% do público-alvo seja vacinado, para garantir a imunidade coletiva e evitar novos surtos.

Vacinação contra sarampo em SC nos últimos anos

O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), João Augusto Fuck, atribui as altas taxas de vacinação à mobilização dos profissionais de saúde, campanhas de conscientização, ampliação de horários de vacinação, mutirões e busca ativa de não vacinados.

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— O sarampo é prevenível por vacina, sendo parte do calendário nacional de imunização por meio da vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola — destaca. Ele completa ainda que a imunização é uma das principais formas de prevenção de diversas doenças, e apenas com elevadas coberturas vacinais será possível manter o controle desta e de outras doenças.

SC não registra casos de sarampo desde 2021

Nos últimos quatro anos, não foram registrados casos de sarampo em Santa Catarina, segundo dados do Ministério da Saúde. Antes disso, o Estado teve um surto da doença, com 297 casos registrados em 2019, e 107 em 2020.

Este ano, até 29 e novembro, apenas quatro casos da doença foram registrados no Brasil: um em Minas Gerais, dois em São Paulo, e um no Rio Grande do Sul.

Brasil volta a receber certificação de país livre do sarampo

No começo de novembro, o Brasil recebeu a recertificação de país livre do sarampo. O certificado foi dado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), quando o Brasil provou não ter tido transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o seu programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados. 

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Em 2016, o Brasil já havia alcançado esse status, no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Em 2019, o país voltou a se tornar endêmico para a doença. Entre 2018 e 2022, foram confirmados 39.779 casos de sarampo.

Vacina tríplice viral proteje contra a doença

A vacina tríplice viral é o imunizante que protege contra três doenças causadas por vírus: sarampo, caxumba e rubéola. Ela está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é que a vacina seja aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de vida.

No país, a cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,4% em 2023, e em 2024, até o começo de dezembro, já chegou a 95,69%, acima da meta estipulada.

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