A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) decidiu manter suspensos a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves em Santa Catarina após novas análises nesta quarta-feira (31). De acordo com o órgão, a medida é necessária para preservar a saúde dos consumidores. As avaliações ainda indicam níveis altos da toxina ácido ocadaico em ostras, vieiras, moluscos e berbigões no Estado.
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A toxina é absorvida pelos moluscos bivalves quando há grande proliferação da microalga Dinophysis na água do mar. Nos animais aquáticos, a toxina não provoca problemas e é naturalmente expelida conforme as condições da água se modificam.
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Contudo, o consumo de moluscos com alta concentração de ácido ocadaico por humanos provoca sintomas gastrointestinais como enjoo, vômitos e diarreia, que podem ser graves em pessoas com a saúde mais debilitada. A suspensão do consumo e comércio em Santa Catarina foi publicada na última sexta-feira (26).
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O médico-veterinário Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e Abelhas na Cidasc, lembra que a proliferação de algas é um processo natural. A Cidasc mantém o monitoramento semanalmente e assim que a repetição das análises apontar modificação no quadro, a retirada dos moluscos bivalves poderá ser retomada. Estes animais filtram a água e neste processo, havendo redução na concentração de algas no mar, expelem naturalmente a toxina.
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