Santa Catarina tem 13 pacientes na fila por uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quarta-feira (22) e ainda tenta abrir mais da metade dos 114 leitos hospitalares que previu financiar após decretar situação emergencial. Eram esperadas mais 82 vagas para crianças e bebês, mas só 20 foram abertas até aqui.

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Mais recentemente, foram inaugurados seis leitos de UTI pediátrica no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí. Antes, já haviam sido ativados cinco de UTI neonatal no Hospital Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos, e outro no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, que também abriu oito leitos de cuidados intermediários pediátricos.

Pacientes adultos já tiveram abertos 27 novos leitos, todos eles no Hospital Florianópolis, sendo 10 de UTI e outros 17 de enfermaria.

Na atualização mais recente, a fila por UTI tinha uma maioria de crianças, com seis pacientes pediátricos e um bebê à espera. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) diz que todos eles recebiam os devidos cuidados até que houvesse liberação.

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Na terça (21), uma audiência na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) debateu a falta de leitos de UTI no Estado, em especial para pacientes neonatais e pediátricos, e cobrou celeridade nas aberturas.

No mesmo dia, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou ter obtido decisão judicial para que o governo estadual, sob gestão Carlos Moisés (Republicanos), contrate leitos de UTI para menores em caso de lotação do Hospital Regional do Oeste. Dias antes, a Promotoria já havia conseguido decisão parecida relacionada a Balneário Camboriú.

A SES diz já prever em sua central de regulação a contratação de leitos particulares em caso de lotação da rede pública e o encaminhamento das decisões judiciais.

A pasta afirma ainda que a demora na abertura dos novos leitos para crianças e bebês se deve às dificuldades na aquisição de equipamentos e na contratação de profissionais, embora o decreto emergencial tenha liberado um pacote de R$ 50 milhões em ações.

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“Na Região Oeste, a SES está conversando diretamente com as unidades prestadoras de serviços de saúde, que relataram dificuldade de ampliação por conta da falta de profissionais especializados na região”, escreveu, em nota.

O governo do Estado ainda voltou a destacar que tenta reforçar a vacinação em Santa Catarina. A gestão Moisés associa a superlotação dos hospitais, com uma maioria de pacientes com problemas respiratórios, à baixa cobertura vacinal contra a gripe.

Novo leitos infantis previstos para serem ativados

  • ​Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, com 1 leito de UTI neonatal e 8 leitos de cuidados intermediários pediátricos (já abertos)
  • Hospital Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos, com 5 leitos de UTIs neonatal (já abertos)
  • Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 6 leitos de UTI pediátrica (já abertos)
  • Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 6 de UTI pediátrica
  • Hospital Azambuja, em Brusque, com 10 de UTI neonatal e 2 de UTI pediátrica
  • Hospital Seara do Bem, em Lages, com 5 de UTI pediátrica
  • Hospital Regional de Araranguá, com 5 de UTI neonatal
  • Hospital e Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, 3 leitos intermediários cangurú
  • Hospital Infantil Jesser Amarante Faria, em Joinville, com 10 de UTI pediátrica
  • Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de UTI neonatal
  • Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 7 de UTI neonatal
  • Hospital Regional de São José, com 10 de UTI neonatal

​Novos leitos adultos previstos para serem ativados

  • ​Hospital Florianópolis, 10 novos leitos de UTI adulto e 17 de enfermaria (já abertos)
  • Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, com 4 UTI adulto
  • Hospital Regional de São José, com 1 de UTI adulto

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