SC já precisou descartar 4,6 mil doses de vacinas contra a Covid; entenda os motivos

Foram descartadas em Santa Catarina 4.697 doses de vacina contra a Covid-19 desde o início da campanha de imunização, em janeiro. Os números foram informados na segunda-feira (29) pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio de uma solicitação da NSC via Lei de Acesso à Informação.

​Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

Entre os motivos apresentados para o descarte das doses estão:

• Falhas no equipamento de conservação das doses – 2.865 doses 
• Esquecimento do material dentro da caixa da térmica – 962 doses
• Desconexão acidental do local onde os imunizantes estavam armazenados – 498 doses
• Registro de desligamento do disjuntor – 335 doses
• Falha no transporte – 19 doses 
• Falta de energia elétrica – 18 doses

Foram descartadas do total, de acordo com a pasta, 3.276 doses da Pfizer, 1.091 do laboratório Butantan e outras 330 doses do laboratório da Fiocruz.

Conforme a Superintendência de Vigilância em Saúde, a notificação das situações ficou a cargo dos municípios e unidades descentralizadas de Vigilância Epidemiológica, que reportaram no Sistema Estadual (Sineti). Já a rede de frio notificou para o Programa Nacional de Imunização (PNI) sobre os descartes dos imunizantes.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) se manifestou por meio de nota, onde afirmou que “tem orientado desde o início da campanha os município sobre o uso das vacinas nos prazos recomendados, reforçando através de Ofício e Notas Técnicas a necessidade de manter os cuidados em toda a cadeia da rede de frio e utilizar as vacinas nos prazos recomendados”.

Segundo o órgão, desde outubro houve uma pactuação com os municípios para otimizar o uso das vacinas.

“[…] Os municípios recebem a informação previamente das vacinas que estão disponíveis para uso, solicitando apenas aquelas que serão utilizadas nas ações das próximas semanas. Dessa forma, as vacinas que não serão utilizadas, permanecem armazenadas na Central Estadual, garantindo seu acondicionamento conforme as recomendações de cada fabricante”, diz na nota.

Descarte de Pfizer foi maior

Dos três tipos de vacinas que foram jogadas fora pelo Governo de SC, as doses de Pfizer, da fabricante BioNTech, foram as que tiveram o maior número de descarte, segundo o levantamento do próprio órgão. Isso por que a vacina, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode ser mantida por até 31 dias, em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC.

A Dive respondeu que sobre isso “a SES conta com uma estrutura composta por uma unidade central e 17 unidades descentralizadas com estrutura e capacidade para armazenamento e distribuição dos imunobiológicos aos municípios. Inclusive, a Central Estadual conta com ultracongeladores, de forma a manter as vacinas do laboratório Pfizer em baixas temperaturas, o que permite a sua conservação por um período maior de tempo”, explica em nota.

Já nesta terça-feira (30) a Dive informou que das 136.661 doses de vacinas que serão utilizadas para dar andamento no processo de imunização da Covid no estado, 84.432 doses da fabricante Pzifer serão utilizadas para aplicação da primeira dose em adolescentes de 12 a 17 anos de idade; aplicação da segunda dose e de reforço.

Leia também

​Homem tenta “comprar” passaporte falso de vacina contra Covid em Tubarão​

Carnaval em SC não está autorizado neste momento, diz secretário de Saúde

Catarinense muda rotina na África por medo da variante Ômicron: “Incerteza”