Aos poucos, Santa Catarina ganha espaço no ranking das 500 maiores empresas da região Sul. Em 2013, o Estado tinha 116 companhias, número que subiu para 126 em 2014 e para 131 no ano passado. Nesse período, os vizinhos gaúchos, devassados por uma grave crise fiscal, perderam 14 posições e contam 188 representantes. Os paranaenses perderam uma companhia e estacionaram em 181. O levantamento, feito pela revista Amanhã e pela PwC, foi divulgado nesta quarta-feira.
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Embora seja o menor dos três Estados do Sul, SC lidera em desempenho: tem menos empresas, mas mais rentáveis. Em 2015, o Estado também registrou o segundo maior volume de lucros, atrás do Paraná, e o menor prejuízo.
Segundo Cáren Macohin, auditora da PwC, Santa Catarina tem conseguido bom desempenho porque as empresas estão fazendo a lição de casa.
— Aqui as companhias olharam para dentro: não apenas demitiram, mas cortaram custos, reviram processos e, apesar da crise, ainda conseguiram investir em inovação – explica Macohin.
No topo da lista está, mais uma vez, o Grupo Gerdau (RS), seguido pela BRF Brasil Foods (SC) e pela Bunge Alimentos (SC). Entre as dez mais, a novidade de 2015 foi a usina Itaipu Binacional, que tomou o 9º lugar, antes ocupado pela Klabin, de papel e celulose. Após a estiagem de 2014, a Itaipu recuperou o posto de maior produtora de energia elétrica do mundo em 2015 .
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No entra e sai de companhias, 18 catarinenses são novatas no ranking regional. Entre elas está a construtora FG Empreendimentos (na 167ª posição), de Balneário Camboriú, famosa pelos edifícios de muitos andares e com apartamentos luxuosos. As vendas da empresa cresceram 35% em 2015 em relação a 2014. A FG encerrou 2015 com R$ 1,4 bilhão em estoque disponível para venda, conforme balanço.
Por outro lado, deixaram a lista companhias consagradas, como a Drogaria Catarinense e a têxtil Lepper.
A PwC também elabora o ranking das 100 maiores empresas de SC. No Estado, lidera a BRF, seguida por Bunge, Weg, Engie (ex-Tractebel) e Celesc.
Como é feito o ranking
Para chegar ao ranking das 500 maiores empresas da região Sul, é utilizado um índice chamado Valor Ponderado de Grandeza (VPG), que leva em conta patrimônio líquido, receita líquida e lucro líquido ou prejuízo. Os dados são obtidos nos balanços patrimoniais das companhias.
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