O número de homicídios em Santa Catarina em 2021 foi o menor em quatro anos, de acordo com o colegiado de Segurança Pública e Perícia do Estado. No ano passado, foram 638 mortes, 351 a menos em relação a 2017. Os números fazem parte do balanço da criminalidade de 2021, divulgados em uma coletiva nesta segunda-feira (17).

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De acordo com o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, a preocupação agora é a retomada da economia, e com isso, o aumento de alguns índices em 2022. 

— O ano de 2022 será cheio de desafios, pois teremos um aumento da circulação de pessoas, o que consequentemente pode levar a mais crimes. Porém, o nosso Colegiado segue com o propósito de reduzir todos os índices possíveis. Também estamos focando muito no combate aos crimes virtuais, que vêm crescendo nos últimos anos — disse o presidente. 

Repetindo índices de 2020, no ano que passou metade das cidades catarinenses não registraram casos de homicídio, cerca de 50,8% dos municípios. Em um ano, houve uma diminuição de 8,6% no número de mortes, com 52 vidas poupadas em 2021. 

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Em uma média dos acusados desses crimes, se identificou que o perfil do autor do homicídio em SC é um homem, com passagens policiais, branco de 31 anos. Em um ranking de regiões do Estado que mais registraram esse tipo de morte, estão:

  1. Planalto (Meio-Oeste e parte do Sul) – 12,2 mortes por 100 mil habitantes
  2. Norte (Região de Joinville e litoral) – 10,2 mortes por 100 mil habitantes
  3. Oeste (Do Meio-oeste ao extremo) – 9,8 mortes por 100 mil habitantes
  4. Grande Florianópolis – 8,7 mortes por 100 mil habitantes
  5. Vale (Foz do Itajaí e médio e alto Vale) – 7,1 mortes por 100 mil habitantes
  6. Sul (Todo o Litoral Sul) – 6,6 mortes por 100 mil habitantes

O balanço destacou cinco cidades que tiveram alta no número de homicídios, Campos Novos, Chapecó, Lages e Tubarão com sete crimes e São Domingos com seis. 

2021 registrou o menor número de mortes violentas em 14 anos

O balanço revelou que o índice de mortes violentas — que levam em consideração homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e confrontos com a polícia — foi o menor desde 2008, quando o número passou a ser registrado. Conforme o colegiado, a diminuição foi de quase 10%, o que significou 72 mortes a menos e 53% abaixo da média nacional. 

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Os números foram vistos com otimismo pelo o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Ghizoni Júnior.

— Uma morte a menos já seria motivo de comemoração, quem dirá 72 mortes — falou o delegado.

Mais casos de violência doméstica e estelionato

Apesar do número de feminicídios ter diminuído em duas mortes em relação a 2020, o número de casos de violência doméstica cresceu em 2021. Foram 4.834 casos a mais de violência contra a mulher, um aumento de 6,5% em relação a 2020, quando houve uma queda nos índices. 

Mais da metade dos crimes (53,1%) foram de ameaça e contra a honra da mulher. O índice de violência doméstica é contabilizado desde 2019 e considera ocorrências de ameaça, calúnia, injúria, difamação, estupro, lesão corporal dolosa e vias de fato. 

Na contramão dos demais números, o índice de estelionato cresceu 41% em 2021. Foram 70.489 registros do crime, em comparação com 49.318 em 2021. A média de ocorrências perde apenas para casos de furto e violência doméstica. Em quatro anos, crimes desse tipo cresceram em 150%. 

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