Santa Catarina expandiu a proibição do consumo e comércio de moluscos bivalves no Estado. Com isso, a retirada de mexilhões, ostras, vieiras e berbigões está vetada em toda costa catarinense. A determinação é da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e foi anunciada ainda na noite de sexta-feira (26).

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Em março, a suspensão já havia entrado em vigência em algumas regiões de SC. A medida foi implementada após a detecção de níveis elevados de ficotoxina ácido okadaico, acima do limite previsto na legislação. Esta toxina, quando ingerida por humanos, pode causar sérios problemas de saúde, incluindo náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

Até então, a medida de restrição era válida para municípios da região da Grande Florianópolis. No entanto, análises nos dias 24 e 26 de julho de 2024 detectaram a presença da toxina ácido ocadaico em diversas localidades de sul a norte do estado, em praticamente todos os municípios onde se cultivam moluscos bivalves.

Agora, a medida foi expandida para para todo o Litoral Catarinense, onde há a produção

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Presença de substância tóxica faz SC suspender retirada e comercialização de moluscos

Novas análises

Conforme a Cidasc, o monitoramento nas áreas afetadas será intensificado nos próximos dias e, em caso de mudança no quadro, a liberação será avaliada sem que haja risco para a saúde humana.

O órgão ainda alerta que, conforme informações recebidas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), responsável pelas análises da água de cultivo dos moluscos no Estado e pelo monitoramento das condições oceanográficas envolvidas, há uma corrente de água fria vinda do sul do país que pode desencadear eventos de floração de microalgas em Santa Catarina, o que exige atenção redobrada das autoridades e dos produtores.

— Qualquer suspeita de intoxicação deve ser comunicada à Vigilância Sanitária e à Cidasc imediatamente — informa o médico-veterinário e coordenador estadual da Sanidade de Animais Aquáticos da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn. 

Prevenção

A Cidasc orienta que restaurantes e consumidores devem atentar ao adquirirem moluscos bivalves com Serviço de Inspeção Oficial (SIM, SIE, SIF), garantindo assim a procedência e inocuidade destes produtos. As instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram comunicadas para que tomem as providências pertinentes às áreas de atuação.

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Em caso de sintomas, a orientação aos consumidores desses produtos é que procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e realizem a notificação a Vigilância Epidemiológica ou a Vigilância Sanitária municipal.

A Cidasc também alerta que a toxina não é prejudicial aos moluscos, mas se consumidos podem trazer sintomas gastrointestinais ao seres humanos, como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. 

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