Santa Catarina chegou ao prazo previsto para o fim das campanhas de vacinação contra a gripe e o sarampo, nesta sexta-feira (3), tendo atingido só metade das metas de cobertura vacinal previstas. Agora o Estado decidiu esticar a iniciativa até 24 de junho, até que os estoques sejam zerados.

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Entre os grupos prioritários da vacinação contra a gripe, apenas 46,7% dos catarinenses foram imunizados; a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é chegar a 90%. Já no caso da campanha contra o sarampo, a cobertura vacinal atual é ainda mais frustrante, de apenas 40,5%, enquanto o objetivo é chegar a ao menos 95%.

Além de esticar o prazo, Santa Catarina decidiu ampliar o público a ser imunizado ao menos no caso da gripe. A partir de segunda (6), qualquer pessoa com idade acima de seis anos poderá ser vacinada. A iniciativa contra o sarampo, por sua vez, segue dedicada às crianças de 6 meses a menores de 12 anos e aos trabalhadores da saúde.

Apesar da ampliação do público na campanha contra a gripe, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) ainda tenta melhorar os indíces dos grupos prioritários, em especial os idosos, as pessoas portadoras de doenças crônicas e as crianças menores de cinco anos.

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— Os dados demonstram que esses grupos apresentam risco elevado para desenvolverem complicações graves associadas à influenza — explica o diretor da Dive-SC, João Fuck, em comunicado do governo estadual.

A vacinação contra a gripe foi iniciada priorizando também trabalhadores da saúde, portuários ou do transporte coletivo; professores; gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto); indígenas; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; caminhoneiros; profissionais das forças de segurança e salvamento ou das Forças Armadas; funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

Ainda no início de maio, na metade das campanhas, o Estado já tinha alerta devido à baixa procura pelos imunizantes. No caso da gripe, só 35% do público-alvo havia sido vacinado, enquanto, no do sarampo, a cobertura vacinal estava em 22,9%.

O imunizante utilizado na campanha da gripe é chamado de Influenza trivalente, já que protege o paciente de três subtipos do vírus Influenza, o causador da doença — A(H1N1), A(H3N2) e B. Eles estão entre os agentes causadores das síndromes respiratórias que têm lotado UTIs no Estado.

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No caso do sarampo, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES) afirma que a campanha inclui mesmo crianças que já tenham o esquema vacinal completo, sendo aplicada a vacina tríplice viral, que também protege contra a caxumba e a rubéola.

Entre 2019 e 2020, o Estado chegou a registrar um surto de sarampo, com 411 casos da doença no período. À época, a SES destacou a adesão da população à vacinação entre as medidas que permitiram o controle da doença.

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