Os catarinenses estão mais conectados do que a maior parte do país. Enquanto 55,3% dos moradores do Estado estão online, no Brasil a média é de 49,4%. SC também é o terceiro Estado em residências com computador ou tablet e o quarto em domicílios com acesso à internet. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Para Sílvio Kotujansky, da Vertical Educação da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate), os bons resultados podem ser explicados pelo viés socioeconômico, já que há boa distribuição de renda no Estado, assim como bom índice de desenvolvimento humano. Os níveis educacionais, que estão acima da média nacional, também contribuem para o amplo acesso da população à tecnologia e à internet.

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Tecnologia impulsiona acesso ao conhecimento

O contato com a rede pode se reverter em mais conhecimento. Kotujansky cita como exemplo mais potencial para cursos a distância.

Mas André Raabe, doutor em Informática na Educação, ressalta que o acesso à tecnologia é apenas um elemento da inclusão digital:

– O mais importante é as pessoas usarem a tecnologia a seu favor. A inclusão digital é um dos mecanismos de inclusão social. Ela abre portas no mercado de trabalho e aproxima pessoas.

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Ainda que tenha bons resultados, o Estado precisa avançar. Para Heitor Blum S. Thiago, presidente do Comitê para Democratização da Informática em SC, os resultados poderiam ser melhores se houvesse incremento na infraestrutura de telecomunicações.

Kotujansky destaca a importância de reforçar a infraestrutura, principalmente na rede pública de ensino. Para Raabe, quando o uso de tecnologia nas escolas se tornar comum, o acesso à tecnologia passará a ser “um elemento mais destacado na transformação social”.

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