O Estado de Santa Catarina entrou na Justiça contra o aumento da tarifa dos ônibus de transporte intermunicipal na Grande Florianópolis. Por meio de uma ação civil pública, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC) pede a suspensão do reajuste com urgência. 

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O aumento da cobrança efetuado pelas empresas teria acontecido sem a autorização do governo e, portanto, seria ilegal, segundo a PGE.

A ação foi instaurada no domingo (7) e está tramitando na 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital. As cinco empresas que oferecem o serviço na região foram intimadas nesta segunda-feira (8). 

Conforme os procuradores do Estado, nos contratos relativos a serviços públicos à nível estadual, cabe ao governo estabelecer e eventualmente alterar as condições de funcionamento e organização para melhor atender ao público.

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Entretanto, a ação afirma que, após o cálculo da tarifa pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e a publicação das resoluções, as empresas que executam o serviço implementaram os novos preços de forma unilateral, sem a anuência da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE). 

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“O particular contratado é mero executor material do serviço público, e deve se submeter ao regime especial de direito público inerente aos contratos administrativos, inclusive no que concerne à possibilidade de alteração unilateral de suas cláusulas regulamentares, desde que assegurado o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”, argumenta a PGE no ofício.

O aumento desautorizado do preço das passagens contraria um acordo de outubro de 2021 entre a SIE e o Ministério Público (MPSC). Os Termos de Compromisso Provisório estabeleceram critérios para reajuste ou revisão das tarifas praticadas pelas empresas de transporte intermunicipal de passageiros, e envolve a atuação do poder delegante e da Aresc.

Além disso, a PGE afirma que o ingresso na Justiça visa a proteção do cidadão catarinense em um contexto de crise econômica no Brasil. 

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“A majoração ilegal das tarifas praticadas no serviço público de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros representa mais um severo ônus ao cidadão catarinense que depende dessa modalidade de transporte, o que torna legítima a intervenção enérgica do Estado de Santa Catarina”, disse o procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza. 

A reportagem entrou em contato com o Sindicato de Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf), que está avaliando o processo junto à equipe jurídica.

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