Com o frio, as cidades serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul se tornam atrativos turísticos naturais pelas baixíssimas temperaturas e as chances de presenciar a neve.

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Mas ainda são poucos os turistas que se aventuram por 68 quilômetros de estradas de chão, mal conservados, para cruzar os municípios vizinhos de São Joaquim, na Serra Catarinense e Bom Jesus, na Serra Gaúcha.

O desenvolvimento turístico regional passa por uma ligação asfáltica, com a criação da rota Caminhos da Neve. Defendida há pelo menos duas décadas pelas prefeituras das regiões, a nova rodovia entrou em estudo no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer), órgão do governo gaúcho.

O projeto para a ligação entre as duas cidades serranas é de 175 quilômetros. O trajeto mais curto impulsionará o turismo, atraindo os visitantes aos pontos mais altos e frios dos dois estados.

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Estatísticas de entidades turísticas catarinenses e gaúchas apontam que a nova rodovia pode desviar o tráfego da BR-116 e da BR-101, permitindo a passagem de pelo menos 500 mil pessoas ao ano. A expectativa dos municípios é pela pavimentação de 44 quilômetros no Rio Grande do Sul e 24 em Santa Catarina.

Em SC, onde a rodovia já existe e os trabalhos estão contratados, a expectativa da Secretaria de Estado de Infraestrutura é de conclusão do asfalto no primeiro semestre do ano que vem. E a prefeitura de São Joaquim está confiante num forte impulso no número de visitantes na região.

– Acreditamos que aumente o fluxo de turistas em 200%, favorecendo tanto quem passeia pela região das hortênsias quanto quem sai do Litoral Catarinense – diz a prefeita Marlene Kayser (PP).

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Mas a situação no Rio Grande do Sul é bem diferente e uma nova rodovia ainda precisa nascer. A rota Caminhos da Neve está em fase de contratação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental.

– Estamos concluindo o termo de referência para encaminhar a contratação do estudo num prazo de seis meses – garante o chefe da Superintendência de Estudos e Projetos do Daer, Jeferson Couto.

Depois, será preciso elaborar o projeto, para então licitar a obra. Pela experiência de Couto, a pavimentação dos 44 quilômetros da rodovia necessitará de no mínimo dois anos para ser concluída.

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