O novo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do Universo”, com dados do Censo de 2022, divulgou que Santa Catarina tem a maior proporção de domicílios não ocupados de Uso Ocasional do país.

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De acordo com o levantamento, 10,3% dos domicílios recenseados se enquadram nessa categoria. Os dados de 2022 apontam a existência de 3,5 milhões de domicílios no Estado, sendo 2,8 milhões deles particulares permanentes ocupados, o que equivale a 80,8%.

Quantos habitantes tem cada cidade de Santa Catarina em 2024, segundo estimativa do IBGE

Já 663 mil (19.1%) eram particulares permanentes não ocupados, sendo destes 358,7 mil (10,3%) de uso ocasional, e 304,4 mil (8,8%) vagos. A proporção de domicílios de uso ocasional é a maior do país, ficando acima da média nacional de 7,4%.

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Nessa categoria se enquadram imóveis como casas de veraneio, usadas para férias e finais de semana, e os imóveis residenciais que são voltados para locação de curta duração, e ocasionalmente servem de moradia.

O levantamento do IBGE ainda trouxe dados sobre a categoria desses imóveis. Os domicílios de uso ocasional em Santa Catarina são, em sua maioria, casas, que correspondem a 67,5%, enquanto que apartamentos somam 31%.

Já a cidade de Balneário Camboriú tem o maior percentual do país de apartamentos entre os domicílios de uso ocasional, sendo 94,4%. São 21.709 apartamentos, do total de 22.994 domicílios não ocupados de uso ocasional no município.

A mesma tendência, de mais apartamentos de uso ocasional, é observada em outras cidades litorâneas. Itapema, por exemplo, ocupa o segundo lugar no Estado e o terceiro no país, com 90,5% dos imóveis nessa categoria sendo apartamentos.

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A capital Florianópolis aparece como quarta no Estado, com 63,4% desses imóveis sendo apartamentos. Já a cidade de Piratuba, a terceira colocada no Estado, é a única entre o topo da lista catarinense que não fica no litoral, com 66,5%.

No Sul do Estado, a cidade de Jaguaruna se destaca pela tendência oposta: a maioria dos imóveis de uso ocasional são casas, sendo 96,4% do total de 15,7 mil domicílios dessa categoria.

Depois, vêm São Francisco do Sul (14,5 mil casas), Florianópolis (12,2 mil), Itapoá (11,5 mil) e Palhoça (10,6 mil). Um fato curioso é que 30 cidades catarinenses têm todos os domicílios de uso ocasional do tipo casa. Dessas, 29 delas são no interior, com uma única exceção: Pescaria Brava, no Litoral Sul.

Percentual de domicílios vagos é o menor do país

Já a proporção de domicílios não ocupados vagos é a menor do país em Santa Catarina, com 8,8%, ficando abaixo da média nacional de 12,6%. Desses, 196,7 mil (64,6%) são casas e 97,8 mil (32,1%) são apartamentos.

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Entre os 15 municípios do país com menor número de domicílios vagos do tipo casa, oito são catarinenses. Santa Rosa de Lima (23 domicílios), Lajeado Grande (25) e Nova Erechim (32) são o quarto, quinto e sexto município com menor número de casas vagas. Outra curiosidade é que em dez cidades de Santa Catarina, todas no interior, 100% dos domicílios vagos são casas.

Em contrapartida, Santa Catarina lidera no país com sete dos 15 municípios com maior percentual de domicílios vagos do tipo apartamento, sendo que Balneário Camboriú está no topo da lista. A cidade no Litoral Norte tem 75,3% imóveis não ocupados sendo apartamentos. Bombinhas (62,9%), Itapema (58%) e Florianópolis (53,1%) também aparecem na lista.

Já em números absolutos, os municípios mais populosos do Estado são os que têm mais apartamentos vagos, com Florianópolis (14,8 mil) em primeiro, seguido por Joinville (10 mil) e Blumenau (6,4 mil).

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