Santa Catarina foi destaque no episódio deste domingo (10) do Fantástico, da TV Globo. O programa mostrou uma reportagem sobre o aumento de ataques de abelhas a pessoas no Brasil e contou alguns casos registados em Blumenau e Presidente Getúlio, no Vale do Itajaí, e também em Criciúma, no Sul do estado.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui e receba notícias do Vale do Itajaí pelo WhatsApp
Sandra Ferreira contou o terror ao ser atacada por um exame e levar mais de 200 picadas em Blumenau. Em um vídeo ela aparece se contorcendo no chão enquanto os bombeiros usam extintor de CO2 para tentar afastar as abelhas. A mulher é colocada às pressas na ambulância e levada ao hospital. Teve alta após três dias de internação.
Assista ao vídeo
Neste episódio, registrado em janeiro, mais de pessoas ficaram feridas, incluindo as equipes de resgate. O sargento Ivânio dos Santos, do Corpo de Bombeiros Militar, contou que teve medo de morrer.
— Eu estava já com sintomas de choque anafilático, de começar a fechar a garganta, respiração pesada — disse ao Fantástico.
Continua depois da publicidade
A reportagem também foi até Presidente Getúlio e conversou com o marido de Denize Savalagio Kniess, morta após um ataque de abelhas enquanto trabalhava na propriedade da família. Luciano conta que a esposa conseguiu correr até em casa para pedir ajuda, foi levada ao hospital, mas os órgãos foram parando de funcionar.

No Sul de SC, um enxame invadiu o quarto de um apartamento em Criciúma. Os insetos se concentraram na janela e foram removidos por um apicultor.
Aumento de casos
O número de ataques de abelhas cresceu entre 2010 e 2021 no Brasil e levou a 454 mortes no país, conforme os números do DataSUS. Em Santa Catarina, somente nos três primeiros meses deste ano, a quantidade de ataques de abelhas alcançou 94. Em 2021 inteiro foram 501, aponta um balanço da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC.
Para especialistas ouvidos pelo Fantástico, esse aumento tem a ver com o nosso comportamento. As abelhas estão migrando do campo para a cidade.
Continua depois da publicidade
— São três grandes fatores que acarretam essa migração cada vez maior de abelhas melíferas africanizadas do campo para cidade. O primeiro são os agrotóxicos, o segundo é o desmatamento e o terceiro, a falta de flores que fornecem néctar e pólen — explica Luiz Fernando Wolff, pesquisador da Embrapa.
Como se proteger durante um ataque?
Esperar que as abelhas cansem do ataque não funciona. Em uma colmeia existem de 60 a 100 mil insetos, contando rainha, zangões e operárias. Um ataque pode ser conduzido por até três mil abelhas, o que significa, a mesma quantidade de picadas. Por esse motivo, algumas orientações são fundamentais. Confira:
- Abaixar-se, enquanto ainda não foi picado.
- Correr em ziguezague;
- Se estiver de camiseta, retirar a peça de roupa e usá-la para proteger o rosto, a cabeça e o pescoço (quanto mais picadas nessas regiões, maior chance de choque anafilático);
- Correr para um local em que é possível se abrigar;
- Fugir para locais onde há água: uma mangueira, um rio, uma piscina.
Leia também
> Família de Balneário Camboriú ganha mais de R$ 273 mil no “Domingão com Huck”
Continua depois da publicidade
> Médicos dizem que caso do ex-BBB Rodrigo Mussi é ‘um milagre’, afirma família