O primeiro morador do Vale do Itajaí a contrair a nova variante do coronavírus é um homem de 39 anos, que vive no Centro de Camboriú. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta quinta-feira (4). Ele teve sintomas leves, passa bem e já saiu do período de isolamento.

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Conforme o coordenador da Vigilância Epidemiológica da cidade, Thiago Regiel Vilcinskas, o paciente foi a Florianópolis no começo de fevereiro e dias depois apresentou os primeiros sintomas. Ele desconfia que a contaminação tenha ocorrido na capital.

Florianópolis, segundo o laboratório Universidade Federal de Santa Catarina, registra transmissão comunitária da variante brasileira — ou amazônica. Isso significa que a mutação, apontada como mais transmissível, pode estar circulando localmente no Estado.

Vilcinskas explica que a confirmação preocupa a secretaria municipal de saúde e serve de alerta à população, mas acredita que ainda é cedo para falar em transmissão comunitária na cidade.

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— Não tem como dizer que já existe a transmissão comunitária aqui porque nenhuma outra pessoa pegou até o momento, esse foi o primeiro caso detectado. É um alerta para se prevenir. A falta de cuidados contribui para o surgimento dessas variantes — disse o coordenador.

Quando o morador fez o teste, em 4 de fevereiro, o Laboratório Central de Saúde Pública analisou a amostra e suspeitou. A instituição encaminhou o material para o laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que realizou o sequenciamento genético, identificando a chamada variante P.1 do coronavírus. Além de Camboriú, Joinville também registrou um caso.

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Com isso, a vigilância de Camboriú investigou a história e descobriu o passeio que o contaminado havia feito a Florianópolis. A esposa dele também apresentou sintomas, mas o teste deu negativo.

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“As investigações conduzidas pelas equipes de vigilância em saúde das Secretarias Municipais de Joinville e de Camboriú apontam que os dois casos não tinham registro de viagens para outras áreas do país com transmissão comunitária reconhecida da variante P.1 nos últimos 30 dias, o que caracteriza a transmissão comunitária dentro do estado”, explicou a SES.

Nova variante no Vale

No mês passado, o Estado confirmou o primeiro caso da nova variante no Vale do Itajaí. Porém, era “importado”, já que a pessoa infectada, uma mulher de 54 anos, veio de Humaitá (AM) e estava hospedada em Rio do Sul no mês de janeiro. Ela foi atendida pela Unidade de Pronto Atendimento na cidade.

Variante em SC

As novas mutações têm sido apontadas pela Secretaria de Estado da Saúde como provável causa para a explosão de internações por Covid-19 em Santa Catarina. Em entrevista à coluna de Dagmara Spautz, o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, apontou que há uma “mudança no perfil epidemiológico”.