Santa Catarina confirmou, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante do coronavírus, nesta quinta-feira (4). Os casos da linhagem P.1., conhecida como variante brasileira, foram identificados em Joinville, no Norte, e em Camboriú, no Litoral catarinense. A mutação é considerada mais transmissível e pode estar relacionada a explosão de internações por Covid-19 no Estado.
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Ambos os casos são caracterizados como transmissão comunitária – quando não se identifica a origem da infecção – e foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC) no dia 2 de março. Os dois pacientes são homens, com idades de 39 e 68 anos, e sem histórico de viagem nos últimos 30 dias para locais onde já circulava a linhagem da P.1. da Covid-19.
O primeiro caso da nova variante em Santa Catarina já tinha sido identificado em fevereiro, no dia 11. O paciente é morador de Joinville e esteve em Manaus (AM) no início do ano. À época, a prefeitura fez um mapeamento de todos os locais por onde passou o infectado, para identificar possíveis novas contaminações. No dia 16, mais uma pessoa teve o diagnóstico da P.1. confirmado na cidade.
O sequenciamento genético das amostras foi realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) do Rio de Janeiro, seguindo o fluxo da vigilância genômica nacional.
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A variante brasileira é mais transmissível que outras mutações do coronavírus, o que levou países como Portugal, Reino Unido, Itália e Alemanha a proibirem a entrada de viajantes vindos do Brasil.
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Caso de Joinville é de morador da Zona Sul
Em Joinville foi um homem de 68 anos, morador da Zona Sul, que teve o primeiro diagnóstico de contaminação comunitária pela variante brasileira. Segundo informações da prefeitura, a equipe da Vigilância em Saúde conduz um procedimento chamado de investigação epidemiológica, em que estão sendo levantados os casos das pessoas que tiveram contato com o idoso infectado para tentar mapear a origem da contaminação.
Mais três casos são investigados em Florianópolis
Outros três casos de infecção comunitária pela variante brasileira do coronavírus são investigados em SC, com base na identificação realizada pela Força Tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), como havia publicado a colunista Dagmara Spautz.
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A três amostras suspeitas foram recebidas no dia 22 de fevereiro pela UFSC e os resultados do sequenciamento foram comunicados em 1º de março para as secretarias de Saúde de Estado e município.
Em Florianópolis houve investigação epidemiológica dos três casos suspeitos, que confirmou que os casos não tiveram histórico de viagem para outras regiões nos últimos 30 dias, o que pode caracterizar transmissão comunitária também na Capital.
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As amostras foram encaminhadas para o Lacen/SC, que as enviou para a Fiocruz do Rio de Janeiro para realizar o sequenciamento genômico, que além de validar a técnica realizada pelo laboratório da UFSC, poderá confirmar a identificação de mais três casos da linhagem P.1 em Santa Catarina.
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