Santa Catarina registrou sete casos de Influenza A H3N2, todos entre o final de novembro e o início de dezembro. O vírus passou a preocupar depois que epidemias de gripe atingiram pelo menos cinco estados do país, com alta de casos em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

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H3N2: conheça sintomas da variante da gripe que se espalhou pelo país

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Os dados de SC foram divulgados à reportagem pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC). Ainda não há confirmação se os casos são provocados pela nova cepa do H3N2, que vem sendo chamada de variante Darwin. As cidades catarinenses em que há registros, no entanto, não foram divulgadas pelo Estado.

A situação já existente em outros estados e desperta atenção à saúde de SC. Uma comunicação aos municípios sobre o caso será divulgada nos próximos dias.

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“A equipe técnica da Dive/SC está elaborando um alerta para os serviços de saúde, que será divulgado na próxima semana, reforçando a necessidade da vigilância, manejo clínico oportuno e das medidas de prevenção”, informou.

De janeiro até esta quinta-feira (16), SC registrou outros três casos de Influenza, mas que não foram provocados por vírus da linhagem que vem sendo registrada nos outros estados. Foram dois casos de Influenza B e um caso de Influenza A, mas causada por vírus H1N1. SC não teve nenhum óbito causado por Influenza em 2021.

Maiores cidades dizem não registrar casos

As maiores cidades de Santa Catarina monitoram a situação da gripe causada pelo vírus Influenza A H3N2, mas informaram nesta quinta-feira (16) que não registraram casos da doença até o momento. Mesmo assim, os municípios também monitoram a situação. Em alguns, até mesmo ações de prevenção são avaliadas.

Em Joinville, por exemplo, o município ainda oferece vacinas da gripe para a população. Em Criciúma, um mutirão de vacina será feito no sábado, voltado tanto à imunização contra a Covid-19 quanto à Influenza.

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Em outros estados, a variante do vírus da gripe também provoca atenção. A Bahia registrou nesta quinta o primeiro óbito por H3N2. No Rio de Janeiro, mais de 23 mil casos da doença já foram registrados.

Veja a situação nas cidades catarinenses

Florianópolis

A Secretaria de Saúde do município informou que nenhum caso foi registrado até o momento, mas que a situação está sendo monitorada. O município não tem mais vacina contra a gripe e vai aguardar orientação do Ministério da Saúde.

Joinville

Joinville também não teve nenhum caso suspeito ou confirmado de Influenza A (H3N2) ou variante Darwin. A assessoria de imprensa informou que o município é considerado pelo Estado sentinela para a identificação da doença. Por isso, faz a coleta de cinco amostras semanalmente em pacientes que chegam com sintomas gripais em uma unidade de pronto-atendimento (UPA Leste).

Sobre a vacinação, o município informou que ainda há doses disponíveis para quem quiser receber o imunizante. Joinville informou ter vacinado contra a influenza 62,7% do público-alvo (122 mil doses aplicadas, mais 47 mil para pessoas de fora do público-alvo).

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Blumenau

A cidade não registrou nenhum caso de H3N2 neste ano. O município informou que a cobertura vacinal em 2021 foi de 75,4%. Com isso, não haverá nenhuma camánha local além de ações nacionais já previstas para o incentivo à vacinação contra a gripe.

Chapecó

A prefeitura informou que não tem casos confirmados de H3N2. Uma unidade sentinela faz coletas semanais, e é ofertada vacina para quem comparece nas unidades de saúde, escolas e também no Vacimóvel.

Criciúma

O município informou que não conseguiu levantar os dados porque estava com o sistema fora do ar, em razão da instabilidade na plataforma do SUS. A cidade terá no próximo sábado (18) um mutirão de vacinação contra Covid-19 e contra Influenza, das 8h às 17h, na Praça Nereu Ramos, no Centro.

Lages

A prefeitura de Lages informou apenas não ter nenhum caso de Influenza A H3N2 registrado.

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Sintomas da H3N2

Os sintomas causados pelo H3N2 são parecidos com o de uma gripe comum, como. O vírus acomete principalmente crianças e idosos, mas todos estão suscetíveis a contrair a variante Darwin, já que ele é uma mutação da gripe comum. Além disso, ele também pode ser contraído por grávidas ou mulheres que acabaram de ter filhos.

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