Um dos pré-requisitos para Santa Catarina exportar leite é diminuir a incidêndia de brucelose e tuberculose no rebanho bovino. Esse será um dos temas do Seminário Estadual Sobre Saúde Animal e Humana: as consequências econômicas e sociais da brucelose e tuberculose, que inicia às 9h desta sexta-feira, no Centro de Cultura e Eventos Plinio Arlindo de Nes, em Chapecó.

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Apesar de Santa Catarina ter apenas 0,28% do rebanho infectado, segundo um diagnóstico realizado em 2013, elessão insuficiente para atingir o percentual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que é de 0,2% para brucelose e 0,1%para tuberculose. Além da importância econômica as doenças também representam riscos de transmissão para humanos.

O evento, que é promovido pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e Colegiado Estadual dos Secretários da Agricultura, é gratuito.

Sacrifício de 20 mil animais em 12 anos

Um dos palestrantes do seminário em Chapecó, o secretário adjunto de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, disse que Santa Catarina tem os melhores índices do Brasil em virtude de programas de governo, que nos últimos anos investiu R$ 30 milhões para indenizar 20 mil animais que foram sacrificados. Veterinários habilitados pelo Ministério da Agricultura fazem os testes nos bovinos e, quando der positivo, o animal é sacrificado e o produtor recebe indenização do Fundo Estadual de Defesa Animal. O preço é de mercado. Não há bônus para animais premiados.

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Spies disse que a secretaria quer intensificar os exames e eliminar os cerca de 12 mil animais infectados. Para isso seriam necessários entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.

Ele entende que o valor é baixo pela importância da atividade, que tem 80 mil produtores envolvidos, sendo 60 mil de forma comercial. Santa Catarina se tornou o quarto maior produtor do país no ano passado, com 3,1 bilhões de litros.

Falta de antígeno atrapalha

A falta de antígeno para os testes de brucelose e tuberculose é um problema. Um laboratório etatal do Paraná deixou de produzir e a oferta nacional é de apenas um terço da demanda. Isso obriga a importação, que é mais cara e atrasa o programa.