Santa Catarina estuda a possibilidade de trazer de volta ao Estado as crianças catarinenses vítimas de um acidente no Panamá. São cinco pequenos de cinco meses a sete anos, informou ainda o governo. A colisão envolvendo um ônibus de imigrantes a caminho dos Estados Unidos aconteceu na semana passada e deixou 39 mortos.

Continua depois da publicidade

De acordo com o secretário de Articulação Internacional do Estado, Juliano Froehner, os catarinenses são filhos de haitianos que tinham residência legalizada no Brasil. Três das crianças internadas nasceram em Navegantes, no Litoral Norte. Uma delas é natural de Itajaí, cidade da mesma região. Já outra é de Chapecó, no Oeste do Estado. As informações são do portal g1.

Receba notícias de Itajaí e região por WhatsApp

O estado de saúde dos pais das vítimas não foi detalhado. Entre os sobreviventes há uma sexta criança que é natural de São Paulo. De acordo com o secretário, as vítimas tinham algum grau de parentesco.
Ao menos quatro catarinenses estão estáveis e devem receber alta do Hospital Materno Infantil José Domingo Obaldia (HMIJDO) ainda nesta semana. Santa Catarina avalia trazer as crianças de volta:

— Por ora, estamos trabalhando na fase de confirmação do estado de saúde. Sabemos que quatro delas estão estáveis e estamos vendo essa questão, mas talvez seja o caso sim de repatriação — disse Froehner.

Continua depois da publicidade

Além de ajudar na identificação das vítimas, membros do governo de Santa Catarina e da Secretaria de Assuntos Consulares do Itamaraty organizam uma missão consular até Chiriquí, no Panamá, para visitar as crianças brasileiras hospitalizadas para detalhar a situação delas e dos familiares.

O acidente

Na madrugada do dia 15 de fevereiro, o ônibus em que estavam se envolveu em uma colisão com um micro-ônibus no Panamá. Havia 66 pessoas dentro. Ao menos 39 mortes foram confirmadas no dia. Conforme apurou o g1, além de brasileiros, havia equatorianos, chilenos e venezuelanos a bordo.

A rota da América do Sul até os Estados Unidos é utilizada com frequência por haitianos que primeiro emigraram para o Brasil. A maioria leva consigo os filhos nascidos no Brasil. A situação pode explicar o fato de eventualmente haver apenas crianças com documentos brasileiros no ônibus, mas não adultos.

Leia mais

VÍDEO: PM mira venda de drogas na Praia Central de Balneário Camboriú e flagra traficantes

O que se sabe sobre o resgate de 200 pessoas em situação análoga à escravidão no RS