Santa Catarina chegou a 40 casos confirmados de chikungunya em 2023, segundo mostrou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica catarinense (Dive-SC) em boletim das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti divulgado nesta quarta-feira (7). Trata-se do maior número de registros em um mesmo ano no Estado nos últimos sete anos, conforme identificado pelo NSC Total a partir de dados do DataSUS.

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Desde 2016, quando Santa Catarina havia confirmado 89 casos de chikungunya, o maior pico para a doença no Estado havia ocorrido em 2019, com 39 registros. Esse último número foi já superado em 2023 levando em conta os casos confirmados entre o início do ano e a segunda-feira passada (5).

Número de confirmações ao longo dos anos

Número de 2023 leva em conta apenas dados parciais, de 1º de janeiro a 5 de junho (Arte: Paulo Batistella/NSC Total)

Cidades de SC mais atingidas

No boletim anterior da Dive-SC, com dados até 29 de maio, eram já sinalizadas 38 confirmações. O Estado ainda tem hoje 181 casos suspeitos e outros 280 descartados após exames — não houve mortes pela doença, que tem sintomas parecidos com os da dengue (entenda a diferença entre elas).

Entre as confirmações de chikungunya, 16 são autóctones (ou seja, são de pessoas infectadas em SC), 15 são importadas (de pacientes que vieram já doentes de outros estados) e as outras nove tem o local provável de infecção ainda sob investigação.

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Bombinhas, no Litoral Norte, é a cidade catarinense com maior número de casos: oito, sendo todos eles autóctones. Na sequência, aparecem Chapecó, Florianópolis (com quatro registros cada), Balneário Camboriú, Blumenau, Caçador (esses três com dois cada), Camboriú, Canoinhas, Gaspar, Itajaí, Itapema, Joinville, Palhoça, Rio do Sul e Saudades (esses nove últimos municípios com um caso cada).

Alerta contra o Aedes aegypti

Em abril, quando o Estado tinha ainda 18 confirmações, número 200% maior em relação ao mesmo período do ano passado (com seis), a Dive-SC já havia alertado os municípios sobre a chikungunya. O apelo foi reforçado agora, tendo em vista que os números da dengue também aumentaram.

— Todas essas doenças estão relacionadas ao Aedes aegypti. Ou seja, ter o mosquito é o risco de ter transmissão, o que efetivamente acontece em muitos municípios. Então é fundamental manter as ações de prevenção — diz João Fuck, diretor da Dive-SC.

No caso da dengue, o boletim mais recente do órgão de vigilância indicou que Santa Catarina chegou a 57.369 confirmações e 60 mortes pela doença. A Dive-SC também monitora a zika, sem confirmações.

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