Santa Catarina chegou nesta quarta-feira (1) ao total de 20 mil mortos pela Covid-19 desde o começo da pandemia. O Estado atinge essa marca em meio a um alerta às cidades catarinenses para a variante Ômicron e depois de novas portarias que proibiram eventos ao ar livre sem controle de público como precaução às festas de fim de ano.
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Santa Catarina tem 4.063 casos ativos e 1.233.516 casos confirmados. Apenas em 2021, o Estado registrou 14.589 mortes em decorrência da Covid-19. Março, o mês mais letal do ano, registrou 3.719. Os dados são do Painel do Coronavírus do NSC Total, atualizado nesta quarta, com base nas informações do Governo do Estado.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Eduardo Macário, protocolos são estabelecidos para evitar novas perdas, mesmo em uma fase de transição para a normalidade.
— Eu acredito que essas 20 mil vidas têm que ser honradas e respeitadas, e que ao mesmo tempo os familiares dessas pessoas tenham a compreensão que os órgãos de saúde estão trabalhando duro pra salvar cada uma dessas vidas — afirma Macário.
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Queda das mortes tem ligação direta com a vacina, que já ajudou com outras variantes
Apesar da preocupação com a variante Ômicron, o número de mortes em Santa Catarina está em queda desde abril deste ano. Em onovembro, foram registrados 280 óbitos, uma redução em comparação com outubro, quando houve 378 vidas perdidas para a doença.
Segundo Macário, a queda das mortes no Estado tem ligação com os altos índices da vacinação. Santa Catarina já ultrapassou a marca de 5 milhões de pessoas completamente imunizadas.
— À medida em que a vacina avançava, houve uma queda na letalidade da doença. Então, mesmo com o surgimento de uma nova variante, a Delta, que hoje já é maioria aqui em Santa Catarina, não aconteceu uma quarta onda, porque a cobertura vacinal estava alta — argumenta o superintendente.
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O Estado espera que, até 15 de janeiro de 2022, perguntas sobre a nova variante Ômicron sejam respondidas para que os protocolos atuais sejam revisados. Para Macário, o mundo vive hoje um “dilema sanitário”, que pode ser melhorado com imunização coletiva.
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— As medidas de distanciamento são eficientes, mas causam um quadro de estresse social e cansaço. Elas são muito comportamentais, então, tem esse dilema sanitário. Mas com a vacina, a Covid-19 deixou de ser uma pandemia, uma doença desconhecida, para se tornar uma doença imunoprevinível — pontua.
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