O acesso à educação, direito constitucional no Brasil, é prioridade para a população de Criciúma. A educação básica é uma responsabilidade do governo municipal, e com a proximidade das Eleições 2024, o tema ganha ainda mais destaque.

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O tema foi um dos mais votados pelos catarinenses no projeto SC Ainda Melhor, lançado pela NSC Comunicação. A iniciativa buscou ouvir em uma enquete no NSC Total e no g1 quais são os problemas mais relevantes nas cidades de Santa Catarina.

SC Ainda Melhor aponta prioridades e desafios de 5 áreas em cidades catarinenses

A ampliação das vagas nas creches é um dos tópicos elencados por entidades de Criciúma como prioridade. As entidades foram ouvidas pela NSC TV e citaram ainda outras prioridades para a educação básica na cidade:

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  • Investir em ensino em tempo integral, com atividades extracurriculares qualificadas;
  • Ampliar o número de vagas em creches;
  • Valorizar os professores da rede municipal com base em programas de metas;
  • Investir em programas de formação contínua para os professores e
  • Melhorar infraestrutura das escolas, principalmente as que ficam na periferia.

Foram ouvidas em Criciúma a Associação Beneficente ABADEUS, a Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), a Associação das Micro e Pequenas Empresas de Criciúma (AMPE), a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), os Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio Araranguá, a Central Única das Favelas (CUFA/SC), a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC), e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

Educação é direito das crianças

Pela legislação, a partir dos 4 anos de idade as crianças devem frequentar uma creche. Antes disso, a matrícula em creches é opcional, mas o presidente do Conselho Estadual de Educação, Osvaldir Ramos, afirma que os municípios devem disponibilizar vagas para as famílias que optarem pela matrícula.

É o caso de Fabiane das Graças Gonçalves, diarista, e de Luís Alberto Borges, que trabalha como garçom. Ambos têm filhos pequenos e contam com a creche para poderem trabalhar.

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Para Natália Fregonesi, coordenadora de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, não basta apenas disponibilizar vagas: é preciso que elas sejam acessíveis às famílias.

— As crianças têm o direito de estar na escola, mesmo que a obrigatoriedade seja a partir dos 4 anos. Então é muito importante ter vaga, principalmente perto da casa, por dois fatores: o desenvolvimento rápido nessa faixa etária e também para as famílias terem com quem deixar as crianças — afirma.

Osvaldir Ramos reforça a importância do acesso à educação, para a formação e socialização das crianças.

— Ela está no ambiente escolar fazendo outras atividades, fazendo arte, esporte, todas as atividades que vão fazer dela um cidadão voltado para cidadania — pontua.

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Qualidade do ensino ainda é um desafio

Se oferecer vagas é prioridade, o desafio também é que as crianças matriculadas recebam educação de qualidade. Por isso, investir na qualificação dos professores é fundamental.

— Nós temos que pensar sempre na formação docente, seja ela inicial ou continuada — afirma Ramos.

— Temos que ter um professor cada vez mais conectado com esse novo ser humano que está chegando. Essas crianças já têm uma visão de mundo muito diferente.

Natália Fregonesi argumenta que, para resolver um desafio complexo, uma única política não é suficiente. Os municípios precisam de uma agenda sistêmica, que inclua formação de professores, escola em tempo integral, e alfabetização na idade certa, entre outros pilares.

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