A relação de Sávio com o futebol espanhol é estreita. Em 18 anos de carreira, foram nada menos do que nove temporadas atuando na Liga das Estrelas. Entre 1998 e 2003, vestiu a camisa 11 do Real Madrid e fez parte de um timaço que entrou para a história ao conquistar três vezes a Champions League em cinco anos.

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Depois disso, ainda jogou por Zaragoza (três temporadas), Real Sociedad e Levante (seis meses em cada). Hoje, aos 39 anos, tem propriedade para falar da Seleção Espanhola, atual campeã mundial e bicampeã da Eurocopa, e que conquista admiradores por onde passa.

– Esse time não surgiu do nada, ele é fruto de um trabalho de médio prazo. As seleções de base jogam o mesmo futebol, são treinados para isso – explica.

– É claro que essa geração é espetacular, acima da média, e por isso conquistou tudo o que podia – completa.

A geração espetacular a que Sávio se refere conta com craques multicampeões como Xavi, Iniesta, Casillas, David Villa e Fernando Torres. Nomes consagrados que Sávio sabe bem do que são capazes. No Real, foi colega de equipe de Casillas. Depois, formou com Villa, entre 2003 e 2005, uma dupla de ataque que deixa saudade na torcida do Zaragoza. Sem falar das inúmeras vezes que enfrentou Xavi, Iniesta, Piqué, entre outros. Hoje, eles formam o time que mais encanta Sávio e que “tem dado aulas de futebol aos adversários”.

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– Junto com a Seleção Brasileira de 82, é o melhor que já vi. Está entre os maiores da história – garante.

Mas um time de craques precisa de algo a mais para triunfar. Na história, não são poucos os que reuniram jogadores consagrados e não encantaram. Sávio, aliás, tem na memória um exemplo clássico: em 97, formou o ataque dos sonhos do Flamengo ao lado de Edmundo e Romário, em um time que fracassou.

Na Espanha, Vicente del Bosque foi quem transformou uma equipe recheada de ótimos jogadores em um time quase imbatível, que não sabe o que é perder há 28 jogos – a última derrota aconteceu há mais de três anos, no dia 16 de junho de 2010, contra a Suíça, na abertura da Copa da África do Sul.

Sávio é suspeito para falar, trabalhou com Del Bosque durante quatro anos no Real (entre 1999 e 2003) e criou uma forte amizade com o técnico. Ainda assim, sem medo de parecer demagogo, rasga elogios ao ex-chefe e, com propriedade, crava algo que poucos discordam:

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– Com ele, a Fúria é capaz de ir ainda mais longe.