O Programa Municipal de Controle a Hanseníase, da Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul, promove até o dia 2 de fevereiro campanha contra a hanseníase (antigamente conhecida como lepra). As ações de conscientização fazem parte do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, este ano, comemorado no dia 27 de janeiro.

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Os profissionais que trabalham no programa realizam atividades como palestras, visitas, distribuição de cartazes e folders e atividades nos junto as equipes de atenção básica dos postos de saúde, para prestar esclarecimento sobre a doença.

A campanha encerra no dia 2 de fevereiro com uma mobilização contra a doença, na praça Ângelo Piazera, das 8 às 12 horas. A enfermeira responsável pelo programa, Nice Fátima de Deus Silva, explica que neste dia os profissionais vão passar orientações sobre prevenção, diagnósticos, transmissão e tratamentos da hanseníase.

– É uma das doenças mais antigas do mundo e que se não tratada corretamente ainda pode trazer sequelas graves. Vamos levar para a comunidade que os sintomas devem ser investigados e prevenir complicações futuras – destaca Nice.

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No ano passado o programa diagnosticou dez casos de hanseníase. Em 2011, foram seis pacientes infectados. Segundo Nice, o tratamento dura de seis meses a um ano e é totalmente gratuito.

– A população tem que entender que existe cura para a hanseníase e basta um diagnóstico precoce para prevenir sequelas graves como ocorria no passado – explica.

Por séculos a doença foi discriminada, por causa de deformações que causava. As pessoas eram isoladas do convívio social. Hoje a transmissão, que ocorre por secreções das vias respiratórias, deixa de ocorrer assim que o paciente inicia o tratamento.

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Conheça a doença

A Hanseníase é uma doença causada pelo bacilo de Hansen, que atinge principalmente a pele e os nervos. O tratamento é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde e tem cura.

Como a pessoa pode pegar?

– Algumas pessoas podem pegar a doença se tiverem contato com uma pessoa doente. Mesmo assim, se a pessoa doente já estiver se tratando, ela não passa hanseníase. Não é hereditária e a maioria das pessoas tem resistência contra a doença. Também não é transmitida sexualmente.

Como saber se tem ou não?

– É importante conhecer os sinais mais comuns no início da doença. Se sentir algum deles não quer dizer que está com hanseníase, mas é bom se dirigir a uma unidade de saúde, pois somente uma equipe treinada poderá fazer os exames e diagnosticar a doença.

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Sintomas:

– Aparecimento de manchas brancas e dormentes na pele;

– Manchas avermelhadas altas que não doem, não coçam e não ardem;

– Dor, engrossamento dos nervos ou formigamento nos braços, mãos, pernas e pés;

– Caroços e inchaços principalmente no rosto, nas orelhas e nas áreas mais frias da pele;

– Às vezes não aparece mancha nenhuma, mas algumas áreas da pele ficam dormentes, com o local menos sensível.