Nesta semana, o "AN" publica entrevistas com os prefeitos de cidades da região Norte, veiculadas no Jornal do Almoço, da NSC TV. A entrevista de hoje é com Magno Bollmann (PP), de São Bento do Sul.
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Qual é a principal prioridade de governo para esses dois anos do atual mandato que ainda lhe restam?
A principal prioridade é saúde, asfalto e geração de empregos, essa é a nossa meta para 2019 e 2020.
Geração de empregos: De que forma a cidade pode recuperar os números que tinha anos atrás, como fazer isso?
Nós tivemos um bom exemplo recente da implantação de empresas, uma delas a Havan, que gerou um número bem representativo de empregos, além de um grande atacadista que está pronto para iniciar suas obras. E outras empresas também já sinalizaram que estarão investindo em São Bento do Sul, e isso, para nós, é uma grande satisfação uma vez que gera um número representativo de empregos. Hoje nós chegamos a um patamar de termos perto de 1,4 mil empregos – o que foi um recorde que nós já alcançamos, como também foi um recorde em 2012 na nossa primeira gestão, quando alcançamos 1.395 empregos.
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Prefeito, o senhor acredita que esse desempenho de 2012 possa se repetir em 2019 ou 2020, e São Bento do Sul possa voltar a criar mais de mil empregos por ano?
Acredito que sim. Nós tivemos algumas situações de empresas que chegaram ao fundo do poço e se reergueram agora com esse novo governo. Parece que houve um fato psicológico da própria população e do empresariado com essa novidade, vamos dizer política, que também tem sua influência. E é lógico que isso é gradativo, não ocorre de uma hora para a outra, mas estou muito otimista, aliás, a palavra pessimista para mim, não existe. A gente espera que isso realmente aconteça e vai acontecer, temos um prognóstico bastante positivo com relação a isso.
Saúde: De que forma pode ser ampliado ou melhorado o atendimento à população?
Nós entendemos a Saúde como uma forma humana de atendimento do cidadão, esse que é o princípio básico e fundamental do atendimento à Saúde. Principalmente porque o cidadão já vem com problemas e ele precisa ser tratado com carinho, nós estamos com um projeto de um novo Pronto Atendimento (PA), pois o serviço hoje está sendo feito pelo hospital, mas nós queremos desafogar o hospital e queremos iniciar essa obra do PA esse ano. Nós estamos com um trabalho forte na parte do atendimento dos postos de saúde, com cobrança bastante positiva com relação a todos os que trabalham com a saúde, principalmente os profissionais, temos tido uma conversa bem de perto com eles e isso está gerando resultados. O nosso secretário (Manuel Del Olmo) é um profissional de saúde, um médico que está levando à saúde à risca por ter uma experiência de mais de 10 anos trabalhando em posto de saúde e já ter sido prefeito de Campo Alegre.
Economia: Há 10, 20 anos, São Bento do Sul tinha uma participação no ICMS estadual muito maior que a atual, e, que foi decaindo gradativamente ao longo dos anos possivelmente pela questão industrial. A cidade pode ter um outro perfil além do industrial e recuperar o patamar antigo de retorno do ICMS?
Acho que sim, porque hoje houve uma mudança significativa no município. A cidade não é movida só pelo ramo moveleiro, tem em desenvolvimento o setor metalmecânico, a tecelagem, cerâmica, e também na prestação de serviços e comércio. O comércio melhorou em grande parte no município de São Bento do Sul, então a gente tem uma esperança também na questão do ICMS, de que nós vamos ter grandes avanços porque as empresas que estavam em situação difícil estão melhorando sua situação.
Educação: Os professores da rede pública municipal não recebem reajuste salarial desde 2012 em São Bento do Sul, há algum direcionamento quanto a esse tema?
Sempre fui um adepto de cuidar muito da educação, tanto é que fiz um plano para os professores na minha primeira gestão e melhorei bastante a questão salarial deles. Portanto, neste período nós também tivemos um implemento forte na educação porque nós hoje temos Udesc, Univille, Instituto Federal Catarinense e Sedup, que só essas duas últimas escolas elas recebem até 2,4 mil alunos e eles estão fortemente trabalhando nessa questão. A área da educação é o maior contingente de mão de obra no município atualmente.
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Os professores podem esperar por reajuste nos próximos meses?
Eu não diria nos próximos meses, mas a partir do momento em que a situação melhorar ainda mais, e digo isso porque a crise (em São Bento) ela teve crise, mas ela passou um pouco por longe, porque nós imediatamente detectamos isso e fizemos um plano de contingenciamento e um decreto diminuindo as despesas e todos os servidores nos ajudaram e foi o grande motivo por não entramos na lista dos mais de 100 municípios de Santa Catarina que não tiveram condição nem de pagar o Décimo Terceiro Salário. Então sobre reajuste salarial para professores a que se falar em meados deste ano ou do ano que vem.
Serra Dona Francisca: No que diz respeito a revitalização da SC-418, na Serra Dona Francisca, o município tem se engajado na cobrança por melhorias ou esperança de que o novo governo olhe por essa rodovia?
Sou usuário desta rodovia e digo sinceramente, em parte tem deficiências no governo, porque o movimento também aumentou drasticamente. O fluxo de veículos é uma coisa impressionante e está conjugado com veículos de passeio e caminhões de carga e isso é complicado. Foram feitas algumas reformas (na Serra), mas acho ainda que tem que haver mais placas de sinalização, de redução da velocidade. O município está cobrando e fizemos várias reuniões com a Associação Empresarial de São Bento do Sul, que é nosso grande aliado nessa causa, então nós trabalhamos junto com a sociedade civil nessa questão. Mantemos ainda um trabalho que reúne quatro municípios, Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Corupá, que estão envolvidos num "casamento" e esses prefeitos também estão juntos para reivindicar melhorias nessa via.