No mundo contemporâneo, a inovação tecnológica tem rompido com alguns paradigmas antigos da sociedade, e um exemplo concreto disso é o satélite movido a energia solar. Esses equipamentos, que utilizam painéis solares para captar energia diretamente do Sol, representam um avanço significativo na exploração espacial. 

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Como surgiu e de que modo funciona um satélite movido a energia solar?

Inicialmente, é importante destacar que alguns satélites que não usam energia solar, possuem sistemas de propulsão para manobras orbitais e ajustes de posição. Esses sistemas frequentemente usam combustíveis como hidrazina (química). 

A ideia de energia solar espacial, ou SBSP (Space-Based Solar Power), remonta ao final da década de 1960. Esse sistema aproveita satélites para capturar a energia solar, permitindo o satélite operar através dessa energia, bem como retransmiti-la para estações receptoras na Terra. 

No entanto, embora apresentasse na época um grande potencial, o conceito não conseguiu ganhar tração significativa devido aos desafios tecnológicos e elevados custos associados do período. Com o passar do tempo, novas ideias e conceitos surgiram para explorar as potencialidades dessa tecnologia.

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Em 2023, cientistas do Caltech realizaram o lançamento do MAPLE (um satélite movido a energia solar), um experimento em escala reduzida que permitiu transmitir uma pequena quantidade de energia de volta para o Caltech. O sucesso do MAPLE mostrou que essa tecnologia é viável para fornecer energia à Terra, por exemplo. 

A energia solar espacial pode ser fundamental para o alcance de metas de neutralidade de carbono em diversos países, demonstrando haver um interesse significativo por essa forma de captação de energia renovável. Os satélites movidos a energia solar funcionam através da utilização de células fotovoltaicas para captar e converter a luz solar em energia elétrica. 

Essa eletricidade é armazenada em baterias internas, permitindo o funcionamento dos equipamentos mesmo durante períodos em que o satélite esteja na sombra da Terra. Além disso, os avanços nos materiais utilizados nos painéis solares garantem maior eficiência e durabilidade, fatores essenciais para missões de longa duração. 

Principais vantagens da tecnologia

  • Eficiência energética: a captação contínua da luz solar proporciona uma fonte de energia quase inesgotável, especialmente vantajosa para missões espaciais prolongadas que exigem altos níveis de consumo energético.
  • Custo operacional reduzido: a utilização de energia solar diminui a necessidade de reabastecimento de combustível, reduzindo assim os custos de manutenção e aumentando a longevidade do satélite.
  • Redução da emissão de carbono: além de fornecer energia sustentável para operações espaciais, os satélites movidos a energia solar podem transmitir a energia coletada de volta para a Terra.

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Crescimento do uso da energia solar 

Além de sua aplicação em satélites, a energia solar tem se expandido significativamente no mundo, especialmente no contexto de residências e empresas. No Brasil, por exemplo, o uso da energia solar está em ascensão, com muitas pessoas e organizações adotando essa fonte renovável para reduzir custos com eletricidade.

Esse movimento, por sua vez, gera um aumento na realização de orçamento de energia solar, auxiliando os consumidores a avaliar os custos de instalação e a viabilidade econômica da adoção dessa tecnologia. 

Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2023, a fonte solar contribuiu com 36 gigawatt na geração de energia, representando aproximadamente 16% da matriz elétrica do Brasil.

No fim, considerando que a tecnologia avança em escala exponencial, espera-se que os satélites movidos a energia solar tornem-se ainda mais eficientes, possibilitando projetos científicos ambiciosos e que podem transformar a vida da sociedade enquanto totalidade. 

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