O calendário de votação do projeto que altera a divisão dos royalties do petróleo está mantido e, caso a Câmara não vote a matéria até quarta-feira (26), haverá uma sessão do Congresso para apreciar o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às emendas Ibsen e Simon, que prevem a redistribuição dos recursos do petróleo pelos critérios do Fundo de Participação de Estados e municípios.
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que essa foi uma decisão tomada por todos os líderes partidários da Câmara e do Senado e não há como ele deixar de cumpri-la. Sarney ressaltou que para haver qualquer alteração no calendário, que foi acordado por unanimidade, será preciso uma nova convocação dos líderes das duas casas, além do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
– A minha posição, quero reiterar uma vez mais, é de magistrado, de presidir sem tomar parte de coisa nenhuma até mesmo porque sou impedido pelo regimento de votar. Sou apenas a pessoa encarregada de dirigir as votações.
Mais cedo, o autor do projeto de lei, Wellington Dias (PT-PI), disse que a tendência na Câmara até o momento é “tirar ainda mais recursos dos Estados produtores”, em especial do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Segundo ele, na Câmara as posições sobre o assunto “estão mais radicalizadas” do que no Senado.
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Além de integrar a comissão do Senado que tentou elaborar um projeto que chegasse o mais próximo possível de um acordo, Wellington Dias tem participado periodicamente das negociações na Câmara para garantir a votação da matéria até a próxima semana.