Um sargento da Polícia Militar foi preso em uma ação da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira em Balneário Camboriú, no litoral Norte de Santa Catarina. O militar, que não teve o nome divulgado, tem 30 anos. Ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo e munições de uso restrito durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua casa.

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O mandado foi expedido em razão de uma investigação sobre roubo e extorsão em Balneário Piçarras, em 12 de agosto. Segundo divulgou a assessoria da Polícia Civil, o PM teria sido procurado por uma vítima de um estelionato na venda de dois apartamentos. Conforme a Polícia Civil, o militar foi chamado para recuperar joias usadas como forma de pagamento na aquisição dos imóveis, que não chegaram a ser repassados para o comprador.

A pedido da suposta vítima, que mora em Balneário Camboriú, ele teria ido até a casa do estelionatário em Piçarras e, usando uma arma, forçado o homem a entregar uma grande soma em dinheiro, uma coleção de relógios, equipamentos de informática e escrituras de imóveis. A Polícia Civil afirma que esta hipótese foi confirmada pela análise das imagens do condomínio.

Após isso, o PM, acompanhado das vítimas, foi até um apartamento na cidade de Itajaí e se apoderou de uma mochila contendo diversas joias, cheques de terceiros, além de uma arma de fogo e munições.

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A operação

A ação teve buscas na manhã desta quinta-feira na residência de um morador de Camboriú, na residência do militar e no armário utilizado por ele nas instalações do quartel da PM. A Corregedoria da PM acompanhou os trabalhos policiais.

Na residência do sargento foram apreendidas 494 munições, sendo 48 de calibre 9mm, que são de uso restrito. Já no armário no quartel utilizado por ele foram apreendidas 132 munições de diversos calibres e uma arma de fogo descrita pela vítima que havia sido subtraída num apartamento de Itajaí. O PM preso foi encaminhado para a sede do 12º Batalhão, em Balneário Camboriú.

As investigações continuam com a análise dos bens e objetos apreendidos e para apurar a origem das munições, pois há suspeitas que tenham sido desviadas da corporação militar. Além de policiais da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Deic e de outras duas divisões da diretoria, participaram da operação policiais civis da DIC de Balneário Camboriú. A reportagem não teve acesso ao preso nem ao seu advogado.

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