O boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) nesta quarta-feira (4) aponta que foram confirmados 17 casos de sarampo em Santa Catarina. Outros 24 estão em investigação e/ou reteste, conforme protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). No boletim anterior, divulgado em 19 de agosto, eram 15 ocorrências.

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Entre os casos confirmados, três são de tripulantes de um navio que atracou no Estado em fevereiro. Outros 14 estão distribuídos geograficamente em Florianópolis (10), Guaramirim (1), Barra Velha (2) e Balneário Camboriú (1).

Os casos confirmados até agora são classificados como importados, pois as evidências epidemiológicas demonstram que, além dos tripulantes do navio de nacionalidade estrangeira, os novos casos registrados têm histórico de residência, deslocamento e/ou contato com casos confirmados no período de exposição no estado de São Paulo, onde está ocorrendo surto.

Entre os 10 casos confirmados em Florianópolis, cinco são considerados secundários, pois são pessoas residem no município. No entanto, elas contraíram a doença a partir de casos originários de São Paulo.

SC entre os estados com maior incidência do país

Santa Catarina está entre os seis estados com maiores taxas de incidência de sarampo do país, de acordo com dados do governo federal. A média é de 1,6 casos a cada 100 mil habitantes no Estado. O cálculo é feito levando em conta o número de ocorrências da doenças e a população residente. A taxa de SC (2%) está atrás de São Paulo, com 23,4%, seguido pelo Piauí (17,6%), Goiás (14,4%), Maranhão (3,2%) e Paraná (2,6%). A informação foi emitida pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), Wanderson Kleber, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (4).

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Os casos confirmados estão concentrados em 13 estados, sendo a maioria, 98,37% em São Paulo (2.708), seguido do Rio Janeiro (15), Pernambuco (12), Santa Catarina (7), Distrito Federal (3), Goiás (1), Paraná (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Bahia (1), Sergipe (1) e Piauí (1).

Os números apresentados pelo Ministério da Saúde são distintos dos valores declarados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC). O motivo para a diferença nos valores são os critérios e períodos diferentes empregados por cada órgão. Enquanto o governo do federal leva em conta apenas o local de moradia do paciente para realizar a distribuição dos registros, a Diretoria Estadual contabiliza todas as notificações que ocorreram em solo catarinense.

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