Depois de 15 dias dignos de uma Sapolândia, com o coaxar dos sapos soluçando nas noites encharcadas, a Ilha deve conhecer alguma trégua e alguns bons momentos de sol.
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Já imaginaram se a luz do sol dependesse de um parecer da Comissão de Orçamento do Congresso? Da Comissão Executiva de um partido político? Ou de um “estudo de impacto ambiental do Ibama? O mais provável é que a humanidade ficasse sem sol. E, sem a luz do astro que nos garante a fotossíntese, a história da humanidade teria sido outra.
Faltaria tudo, até mesmo aquela primeira luz da Criação de que nos fala a Bíblia: “No começo era o Verbo”. E Deus disse: “Fiat Lux!” Claro, sem saber, ainda, que o melhor negócio do mundo – o das concessionárias de energia elétrica – em Santa Catarina não daria muito certo, por ser mal administrado…
A vida sobre a face da Terra seria bem diferente. Não teria havido Adão, nem Eva. Nem vida, nem células clorofiladas, nem irradiações químicas de oxigênio puro, mediante o sugar da coroa das flores pelo bico alongado dos colibris.
Faltaria alternativa a Leônidas das Termópilas – pois, sem sol, não seria possível combater à sombra…
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E Yuri Gagarin, o astronauta pioneiro – que, naquele tempo, já torcia pelo Avaí – não teria pronunciado aquela frase histórica e eterna: “A Terra é azul”.
Sem a luz do sol, a Terra seria preta. Sol, assim como beleza, é quase tão fundamental quanto “honestidade” para o sucesso da boa democracia. Sem o sol da dignidade e da honradez, ficaríamos dependendo “daquela emenda do Orçamento” ou do fim da Operação Lava-Jato…
O sol costuma ser um agente da felicidade humana, sem professar ideologias ou privilegiar classes. Mas há uma época, no tempo de duração do fenômeno conhecido como El Niño, que esta transcendental lâmpada do firmamento parece ter alguma coisa contra a classe operária.
É só chegar o fim de semana e… Pronto! O sol busca o biombo das nuvens carregadas, desaparece, toma Doril, só para ressurgir, glorioso, na manhã útil de uma segunda-feira – e, portanto, inútil para o lazer do povão…
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O sol mexe com a “psiquê” das pessoas – e, é preciso reconhecer – também com a criatividade dos escribas. Que também fica nublada, sem graça e sem fontes.