A 86ª edição da Corrida de São Silvestre vem com inovações neste ano. Para facilitar a participação dos atletas, vão usar chips descartáveis que servem para cronometrar os tempos dos competidores e trará vantagens. Quando cruzarem a linha de chegada, não precisarão devolvê-los aos organizadores da principal prova do calendário brasileiro, sempre realizada no último dia do ano por São Paulo. A novidade ajudará na logística e na dispersão ao final da corrida, pois havia um acúmulo de pessoas para entregar o chip e retirar a medalha.

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A São Silvestre deste ano terá 21 mil competidores. Para atletas com deficiência, a corrida começa às 14h45min (horário de Brasília). As mulheres vão largar às 16h30min e, os homens, às 16h47min.

O chip descartável ficará preso no cadarço do tênis do corredor, grudado em uma fita plástica de 10 x 2cm. Quando terminarem a corrida, os atletas se dirigirão ao guarda-volumes, que ficará na Rua São Carlos de Pinhal, na quadra atrás da Fundação Cásper Líbero. Até o último ano, os pertences eram guardados em um estacionamento próximo à chegada, na Avenida Paulista.

Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fechará as ruas na primeira hora do dia. Como nas últimas temporadas, o percurso terá 15km. A largada será na frente do Masp (Avenida Paulista, 1578) e a chegada ocorrerá na frente do prédio da Fundação Cásper Líbero (Avenida Paulista, 900). A segurança ficará a cargo de aproximadamente 2 mil homens da Polícia Militar.

Os atletas poderão retirar os kits para a prova a partir do dia 28, no Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, na Rua Abílio Soares, 1.300. No dia, não serão entregues.

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O Brasil não vence a São Silvestre desde 2006. Naquele ano, Franck Caldeira, no masculino, e Lucélia Peres, no feminino, cruzaram em primeiro. Desde então, supremacia total dos africanos. O queniano Robert Cheruiyot conquistou a prova em 2007 e seu compatriota James Kipsang ganhou em 2008 e 2009. Pelas mulheres, a também queniana Alice Timbilili levou a melhor em 2007, enquanto a etíope Yimer Wude Ayalew venceu as últimas duas edições.

O maior ganhador da São Silvestre é Paul Tergat, que foi o primeiro em 1995, 96, 98, 99 e 2000. O queniano também é o recordista com 43min12seg. A portuguesa Rosa Mota acumula seis triunfos na corrida (1981, 82, 83, 84, 85 e 86), enquanto a queniana Hellen Kimayio, em 1993, fez o melhor tempo: 50min26seg.

A São Silvestre passou a ser uma prova internacional em 1945, embora o italiano Heitor Blasi tenha disputado e vencido em 1927 e 29. Nesta fase (aberta aos atletas de fora do país), o Brasil conquistou 10 provas no masculino. As mulheres começaram a participar em 1975.

Ao todo, o país soma 28 êxitos entre os homens – sendo o maior vencedor – e cinco com as mulheres – terceiro no geral. O Quênia acumula 12 triunfos no masculino, em segundo no geral. No feminino, é um dos dois grandes campeões – o outro é Portugal – com sete vitórias.

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