A 80ª edição da Corrida de São Silvestre, mais tradicional prova de rua da América Latina, é uma das mais imprevisíveis dos últimos tempos. Sem a presença do atual campeão, Marílson Gomes dos Santos, contundido, o tradicional duelo entre brasileiros e quenianos terá outros protagonistas.

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O queniano Robert Cheruiyot, vencedor em 2002, é um dos favoritos, mas faz questão de ressaltar a dificuldade de se conseguir duas vitórias em um percurso difícil como o das ruas de São Paulo.

– Você tem que fazer um cálculo e segui-lo para se dar bem – diz o atleta, que terminou na quarta posição na prova do ano passado.

Se não der para Cheruiyot, o posto de campeão pode ficar com seu compatriota Lawrence Kiprotich. No Brasil há quase dois meses, ele já venceu três provas, entre elas, a Volta da Pampulha, em Belo Horizonte. Embalado, Kiprotich se diz confiante e quer terminar entre os 10 primeiros.

Ainda entre os africanos, outro destaque é John Gwako, tricampeão da Meia Maratona do Rio. O atleta tem experiência em corridas nacionais, está acostumado ao clima brasileiro, e é apontado pelos adversários como nome forte para este ano. Contudo, das duas provas que disputou (2000 e 2002), seu melhor resultado foi apenas um nono lugar, em 2000.

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O brasileiro que aparece como o melhor preparado para enfrentar os africanos é Rômulo Wagner, vice-campeão em 2003, que passou os dois últimos meses treinando na altitude de Paipa, na Colômbia.

– No ano passado ninguém imaginava que ia dar brasileiro. Este ano está tudo aberto – diz Wagner.

Outro brasileiro com boas chances é Valdenor Pereira dos Santos, que venceu a prova Pedestre Sargento Gonzaguinha – considerada o último teste para a São Silvestre – no último dia 12.

A Corrida de São Silvestre ocorre nesta sexta-feira, dia 31, em São Paulo. A largada da prova feminina está marcada para as 15h15min, enquanto os homens iniciam a disputa às 17h.

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