Com direito a pênalti marcado e depois anulado pelo juiz, o São Paulo jogou com o regulamento e, com o empate por 0 a 0, classificou-se para as quartas de final da Sul-Americana, pois o primeiro jogo terminou em 1 a 1.
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Contra um time bastante fragilizado, a exemplo de seu goleiro, que já disputou partidas até com a camisa do Arsenal (ING) por conta da falta de uniforme oficial, entrou em campo com um camisa sem o emblema do time, de outro patrocinador e com números em fita crepe, o São Paulo dominou o jogo, mas pecou nas finalizações.
Agora, espera o resultado de Emelec (ECU) e Universidad de Chile (CHI), para saber quem enfrentará nas quartas. O primeiro jogo terminou empatado por 2 a 2, e os equatorianos decidem em casa, nesta quinta-feira, às 22h45.
70% de posse de bola, mas…
No esquema 4-2-3-1 optado por Ney Franco, ficou claro a falta que faz Luis Fabiano no comando de ataque. Com um público aquém do esperado, tendo em vista os últimos jogos do Brasileiro, o São Paulo controlou todas as ações do jogo, mas pecou na falta de contundência na conclusão. Já a Liga de Loja, time pequeno do Equador, tinha no seu goleiro o exemplo da humildade da equipe: Camisa de outro patrocinador, com os números em fita crepe e sem emblema do time. Aliás, o árbitro Julio Quintana (PAR), estabanado, estava mais perdido ainda em suas marcações.
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Ademilson, o escolhido para a função do camisa 9, não tem o suporte físico para fazer o pivô. Com isso, apostou na velocidade e nos passes curtos para os companheiros. Até sofreu um pênalti, ignorado pelo árbitro. Levando o jogo em ‘banho-maria’, o Tricolor tocava a bola e parecia que o gol iria sair quando quisesse. Enganou-se. Com mais de 70% de posse de bola para o clube do Morumbi na etapa inicial, os equatorianos optaram por uma marcação mais recuada, não somente por jogar fora de casa, como também por falta de técnica individual.
Com isso, Jadson procurou organizar o jogo, buscando Osvaldo e Lucas. O camisa 7 até conseguiu bons lances individuais, mas foi pouco produtivo. Já o outro atacante mostrou raça, levou amarelo, chutou com perigo, mas nada. A cada minuto decorrido, o time ficou afobado. Wellington, o mais atordoado, levou amarelo por falta e ainda envolveu-se em confusão, contemporizada pelo juiz. Até Denilson, que foi dominar a bola, escorregou nela.
Contudo, o lance emblemático do primeiro tempo ficou para o final. O truculento Vera deixou o braço na linha de fundo e acertou o tronco de Paulo Miranda. O juiz, bastante atrapalhado em suas marcações, correu para o local da falta, apontando para o centro da área, como se quisesse indicar um pênalti. Trabalhado intensivamente na última terça-feira por conta dos seguidos erros, Rogério Ceni foi sacramentar a sina dos desperdícios. O camisa 1 já posicionado para bater, quando o árbitro voltou atrás e marcou falta do camisa 13 do Tricolor, irritando a todos e levando o jogo para o intervalo.
Abafa
Na etapa final, o jogo permaneceu com o mesmo semblante. São Paulo para cima dos equatorianos, que se defendiam. Ney Franco até deixou Willian José aquecendo sem colete atrás do gol, mas demorou para mexer na equipe. Ademilson demonstrou a falta de aptidão na função, mas mostrou raça e se deslocou para dar outras oportunidades.
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Contudo, a cada minuto, a Liga de Loja passou a gostar do jogo. Se não fosse Rogério Ceni em boa defesa, o time de fora teria saído na frente do marcador. Os times mantiveram o mesmo ímpeto.
Willian José até entrou para fazer a função de camisa 9, mas nada acrescentou ao time. Com isso, a equipe, que jogou por um empate sem gols, conseguiu o resultado e levou a classificação, decepcionando o seu torcedor com o futebol apático.