O prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, assinou no final da tarde desta quarta-feira um decreto de situação de emergência no município, devido ao grande número de casos de dengue. De acordo com o último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, até o dia 21 de março São Miguel do Oeste era o segundo com mais casos no estado, 41, somente atrás de Joinville, com 171. Lembrando que a população de Joinville e mais de dez vezes a população da cidade oestina.
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Além disso a secretaria de Saúde do município já confirmou 54 casos até o início da semana e outros 47 estão em investigação. Em reunião realizada com os profissionais da secretaria da Saúde o prefeito decidiu pelo decreto, para que sejam tomadas as medias necessárias no combate à dengue. A preocupação é maior pois justamente no momento de risco com a pandemia do coronavírus, pacientes com dengue podem ocupar leitos que deveriam estar sendo reservados para enfrentar a nova doença.
Uma das medidas anunciadas pelo prefeito é a contratação de mais cinco agentes de combate à dengue, que vão se juntar aos 22 já existentes. Também foram autorizados gastos em campanhas de conscientização e materiais necessários na ação.
O coordenador dos agentes da dengue, Célio Silva, disse que serão contratados contêineres que serão colocados no bairro Estrela, onde está a maioria dos focos, para o descarte de tampas, vasilhames, pneus e quaisquer outros recipientes que possam acumular água.
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– Pensamos em fazer um mutirão para recolher materiais mas neste momento de combate ao coronavírus não dá para fazer aglomeração, então isso vai ficar para depois. Mas vamos fazer novamente nesta semana o fumacê, nos bairros Estrela e São Jorge. As agentes também vão vistoriar os terrenos, sem entrar nas casas, com os equipamentos de proteção ao coronavírus. Também temos câmeras com haste de seis metros para conferir as caixas de água – disse o coordenador.
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O secretário de Saúde, Leonir Caron, também anunciou que os proprietários de terrenos que não estão tendo cuidados necessários serão notificados pela prefeitura.
Outra cidade com situação preocupante é São Carlos. O município tinha 13 casos no boletim da Dive mas, segundo o agente de endemias da Prefeitura, Fábio Castelani, disse que esse número já chegou a 51 casos. Tanto que nesta quarta-feira houve uma reunião do prefeito Rudi Sander com profissionais da regional de Saúde do Estado, para definir estratégias de ação. Segundo Castelani alguns moradores tinham dengue e não procuraram os postos de saúde o que atrasou ações de bloqueio da doença.
Em Santa Catarina foram confirmados 493 casos e há 563 suspeitos. Foram descartados 850 casos e 29 estão inconclusivos. O volume total e notificações, 1.935, é 47% maior dos que os 1.317 casos do mesmo período do ano passado. Em 2019 também só tinham sido confirmados 220 casos nesse período, menos da metade do que em 2020.
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