O município de São Miguel do Oeste, que tem 40 mil habitantes, aguarda para os próximos dias o repasse de recursos federais no valor de R$ 462 mil que vieram par ao Estado e foram repassados de forma equivocada para São Miguel da Boa Vista, ambos no Extremo Oeste.

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A secretária de Saúde de São Miguel da Boa Vista, Daiante Teixeira, disse que estranhou um repasse de R$ 111 mil ocorrido em maio. Normalmente o município, que tem 1.820 habitantes, recebia R$ 3 mil por mês para consultas e exames.

— Liguei para o Conselho de Secretários Municipais de Saúde e disseram que poderia ser uma emenda parlamentar. Mas não gastamos porque achamos que era erro. No mês seguintes veio outra parcela e dissemos que poderia ser de São Miguel do Oeste, pois é comum ter confusão. Às vezes ligam de hospitais para buscar pacientes que não são nossos. Foi um erro no sistema que gerou inversão dos valores– afirmou a secretária.

No total foram repassadas quatro parcelas somando mais de R$ 400 mil.

O secretário de Saúde de São Miguel do Oeste, Leonir Caron, disse que o município também percebeu a redução no valor do repasse e foi buscar informações. Até que descobriram o equívoco. Ele acredita que, como os nomes dos município são parecidos e na lista dos municípios por ordem alfabética um vem antes do outro, ocorreu um lançamento errado. Na semana passada a Comissão Intergestores Bipartite aprovou o ressarcimento para São Miguel do Oeste.

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— Nesse período o atendimento de urgência e emergência não foi afetados mas alguns exames e cirurgias eletivas acabaram atrasando pois não tínhamos recursos suficientes. A gente até explicou o que estava acontecendo no Conselho Municipal de Saúde pois fomos questionados sobre a demora nos exames. Houve um acúmulo na fila mas não em casos que tivesse algum risco de saúde –disse o secretário.