Demorou sete campeonatos, e quatro finais disputadas num total de quase oito anos de história, mas eles conseguiram. Na tarde deste domingo, o São José Istepôs derrotou o Corupá Buffalos pela decisão do Campeonato Catarinense de futebol americano num massacre de 71 a 0, placar altíssimo até mesmo para o Futebol Americano. E foi ao lado da sua torcida que o time conquistou o título a tanto tempo desejado.

Continua depois da publicidade

A história começou em 2007. Na época assumia o comando da equipe Ernani Valério, e o Istepos começava a trilhar um longo caminho para o sucesso. Hoje é unanimidade entre os jogadores: se não fosse o ‘coach’, não teriam a taça. Com o time na mão, obedecendo a todas as suas ordens, Ernani ficou até feliz de tomar um banho de água fria no fim do jogo, pois a sensação de dever cumprido o fazia esquecer de tudo.

– Entramos com muita energia e muita vontade. Não tinha outra opção, tinha que ser hoje – comentou o treinador.

Mas a conquista levou tempo. Nos cálculos do técnico, há três anos que o time está realmente preparado para ser campeão estadual, mas teve uma grande pedra no caminho: os Buffalos. Os até então campeões de Santa Catarina haviam derrotado a equipe de São José na final estadual do ano passado, e eliminaram eles também em 2011. O presidente do time, Juliano Millnitz, saiu de campo em meio a comemoração do adversário, mas não baixou a cabeça, e admitiu que realmente não era o seu dia.

Continua depois da publicidade

– Nós perdemos algumas peças importantes, mas mesmo com o elenco completo a gente não sairia daqui vitorioso. Eles vieram num outro nível.

E realmente, o time da casa não perdoou. Até jogador de defesa pontuou – uma das características deste esporte. Com dois passes interceptados e convertidos em touch down, Guylherme Grudtner foi um dos destaques do jogo, mas o nome do confronto foi João Paulo Ramos. O corredor camisa número 46 provou seu valor com três touch downs marcados neste jogo – ele totalizou 18 no campeonato e fechou como maior pontuador. Ausente dos dois outros confrontos nos anos passados, JP, como é conhecido, retornou em 2013 para o Istepôs com pé quente.

– Essa vitória foi única. Ficar dois anos sem jogar é difícil, e voltar com o esporte no nível que está, complica mais ainda.

Continua depois da publicidade

Com o apoio de mais de 200 pessoas que lotaram o Forquilhão num público inédito para um jogo do Istepos, os anfitriões estavam engasgados desde 2006, e provaram que o seu grito de guerra tem razão de existir.

– O que é que eu sou? Sou Istepos! Com Istepos não tem perdão! Bate com pé, bate com a mão!