O Hospital Municipal São José divulgou na tarde desta quarta-feira uma nota oficial a respeito dasimagens que denunciaram problemas em um equipamento de uma das salas do centro cirúrgico geral da unidade, em Joinville. As fotos publicadas com exclusividade por “AN” mostram funcionários segurando parte de uma luminária que se desprende e instrumentos cirúrgicos cobertos por sujeira durante cirurgias realizadas em dias diferentes na sala 1 do centro cirúrgico.
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Conforme o São José, o suporte da luminária da sala 1 se soltou antes do início de um procedimento cirúrgico realizado por volta das 9h30 de terça-feira. O incidente ocorreu, de acordo com o hospital, após parte do equipamento ter sido manipulada por médicos residentes. A cirurgia a que o paciente estava sendo submetido era de ressutura de parede abdominal.
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Segundo o São José, o foco não atingiu o paciente pois foi segurado por um funcionário da manutenção que estava presente na intervenção cirúrgica. O mesmo servidor providenciou o reencaixe do foco na luminária.
“Não houve contaminação do procedimento, pois a cirurgia sequer havia começado, e nenhum material esterilizado havia sido aberto”, afirma o São José por meio da nota.
As imagens que mostram os instrumentos cirúrgicos em meio a poeira e sujeira são de uma cirurgia realizada há 20 dias, informa o São José. Na ocasião, o paciente já estava sendo operado e, de acordo com a assessoria de imprensa da unidade, foi submetido a uma lavagem com o objetivo de evitar uma infecção. O incidente ocorreu após o desencaixe da tampa de uma luminária. A sujeira que contaminou os instrumentos estaria na tubulação elétrica.
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“Todo o material foi inutilizado, o ocorrido foi registrado no prontuário do paciente (pois foi durante o procedimento), notificado a CCIH, e encaminhado comunicado interno à gerência técnica pelo médico assistente do paciente, que não apresentou nenhuma consequência maléfica à sua saúde devido ao ocorrido”, diz a nota.
A chefia do centro cirúrgico geral do São José esclarece que incidentes como o mostrado pelas imagens são sempre comunicados a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da instituição para monitoramento. Além disso, a chefia afirma que lâmpadas dos focos da luminária e toda a fiação elétrica das salas 1 e 2 foram substituídas, assim como foram feitos consertos e reparos após os incidentes.
Confira a nota na íntegra:
“O Hospital São José informa que no dia 03 de junho de 2014, por volta das 09h30, o suporte da luminária da sala 01 do centro cirúrgico geral desencaixou após ser manipulado pelos residentes da cirurgia geral. O ocorrido foi logo após a paciente ter sido colocada em mesa cirúrgica, para realização de uma cirurgia de ressutura de parede abdominal.
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A coordenação do centro cirúrgico geral salienta que o foco não caiu sobre a paciente, pois um funcionário ficou segurando o foco. Um servidor da manutenção, que estava presente no setor, auxiliou no reencaixe do foco. Não houve contaminação do procedimento, pois a cirurgia sequer havia começado, e nenhum material esterilizado havia sido aberto.
A chefia do centro cirúrgico geral informa que qualquer intercorrência do setor é notificada à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da instituição para acompanhamento (evento adverso), e que a engenharia biomédica do hospital pode fornecer o registro da quantidade de lâmpadas trocadas dos focos do centro cirúrgico, bem como as trocas de toda a fiação elétrica, consertos e lubrificações realizadas no suporte de sustentação das luminárias da sala 01 e 02 (após o ocorrido).
Salienta-se ainda que a segunda foto publicada no jornal A Notícia não condiz com o ocorrido de ontem, mas de outra situação que aconteceu há aproximadamente 20 dias. Na ocasião a tampa do suporte de uma luminária desencaixou, e certa quantidade de sujeira, que fica dentro da tubulação elétrica, caiu sobre o campo cirúrgico. Todo o material foi inutilizado, o ocorrido foi registrado no prontuário do paciente (pois foi durante o procedimento), notificado a CCIH, e encaminhado comunicado interno à gerência técnica pelo médico assistente do paciente, que não apresentou nenhuma consequência maléfica à sua saúde devido ao ocorrido.”
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