A prefeitura de São José lança nesta quinta-feira (8) um pacote de investimentos de R$ 21,8 milhões em Educação. Serão realizadas obras de ampliação, reformas e compra de equipamentos para os Centros de Educação Infantil (CEIs), Centros Educacionais Municipais (CEMs) e Escolas Profissionais.
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Em entrevista ao Notícia na Manhã desta quarta-feira (7), a prefeita Adeliana Dal Pont detalhou os investimentos, convidou para a inauguração da revitalização do Centro Histórico (em 14 de setembro) e comemorou a homologação, pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, do acordo entre o município e as empresas que integram o consórcio da concessão da coleta do lixo, impasse que já durava 12 anos com ações judiciais que poderiam custar R$ 70 milhões à prefeitura.
— A prefeitura já contratou mais de mil professores efetivos nesses seis anos e isso mudou muito a qualidade de ensino, inclusive com melhoria no último Ideb — afirma Adeliana.
Durante o programa apresentado por Mário Motta, ela também respondeu a perguntas de ouvintes sobre os mais diversos assuntos, como Zona Azul, pavimentação e saúde. Confira:
Educação
Serão investidos mais de R$ 12 milhões em obras como a nova sede do CEI Lisboa; a construção de muros no CEI Erica Schmidt e CEM Maria Hortência; reformas dos telhados da Escola Profissional Candido Amaro Damásio e da Escola do Meio Ambiente; reforma das unidades como na E.B.M. Professor Altino Corsino da Silva Flores, Escola do Mar e na Escola Profissional Santo Antônio; a reforma e cobertura das quadras poliesportivas para o CEM Araucária e EEF Potecas; nova pintura das unidades, além da construção de um trapiche para a Escola do Mar e de ginásios nas regiões do Luar e Zanelato.
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— Vamos construir nova unidade de educação infantil no bairro Lisboa. Havia uma unidade mal construída que vai ter que ser demolida. Com ajuda do Ministério Público, a gente entrou na Justiça contra a construtora e retirou as crianças de lá. Por segurança, alugamos um local — explicou a prefeita.
O pacote prevê ainda R$ 9.727 milhões para a aquisição de brinquedos, livros, jogos pedagógicos, quadros, material de robótica, computadores, projetores, móveis modulares, veículos e de um sistema de gerenciamento para a rede municipal de São José.
— De julho do mês passado até o final do ano, a prefeitura vai lançar mais de R$ 100 milhões em obras. Hoje (quarta-feira) à tarde eu dou ordem de serviço para recuperação da Casa da Cultura. Alguns dias atrás, eu dei ordem de serviço, já com a empresa contratada, para a última parte da reforma do nosso Teatro Adolpho Mello (casa de espetáculo mais antiga de Santa Catarina, fechada há seis anos), com previsão entrega à comunidade em seis meses. E no dia 14 de setembro já quero aproveitar para convidar a todos para visitar o nosso novo Centro Histórico, com um trapiche e quadras esportivas.

Zona Azul
Adeliana rebateu críticas ao estacionamento pago em São José, implantado em junho. Um abaixo-assinado, liderado pelo vereador Antônio Lemos (MDB), pede a revogação da Zona Azul, alegando que a tarifa é cara e problemas no horário e na sinalização.
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— Nós esperávamos tarifa menor, mas a empresa ganhou a licitação com R$ 2,49 e aí, para facilitar, como já estava no edital, só faltava um centavo — justificou.
A prefeita diz que o estacionamento vai inibir uma prática comum na região do bairro Campinas: veículos sobre as calçadas.
— E aí o cidadão tem que ir para o meio da rua. É bom perguntar para quem tem bebê que precisa passar com seu carrinho pela calçada, e a calçada está ocupada por um carro.
Adeliana destaca que a implantação ocorre de de forma gradual, promete investir a receita em mobilidade e critica a postura do vereador:
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— A lei passou pela Câmara de Vereadores. O vereador Lemos teve a oportunidade de discutir lá naquele momento, e não fez, está aproveitando agora. Fica meio eleitoreiro.
Lixo
O acordo agora homologado pelo Tribunal de Justiça foi fechado após mais de três anos de negociações e chancelado pelo Ministério Público Estadual. Segundo Adeliana, além de regularizar a concessão da coleta de lixo, a retomada do contrato trará mais benefícios para o município. Agora, está sendo finalizado o termo aditivo para a retomada da concessão ainda no mês de agosto. Será cumprido o prazo restante do contrato inicial, que era de 15 anos, restando pouco menos de 11 anos.
A concessão do lixo foi iniciada em 2004 e suspensa em 2007 por decisão do Executivo na época dando início a uma longa disputa judicial. Com isso, além do risco de pagar R$ 70 milhões em indenizações, o município estava impedido de licitar serviços dessa natureza.