A Prefeitura de São João Batista estuda encerrar o ano letivo antes do previsto por conta dos estragos causados pela chuva que atingiu o município da Grande Florianópolis na última semana. A informação foi confirmada pelo chefe de gabinete da cidade, Jean Kayser, durante entrevista para Leandro Lessa, no programa Notícias da Manhã, da CBN Floripa, nesta quarta-feira (7).
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De acordo com Kaiser, as aulas no município seguem suspensas, já que várias unidades foram afetadas pela enchente que atingiu o município. Há escolas que ficaram totalmente destruídas por conta das chuvas e não têm condições para receber os alunos.
Ponte desaba e interdita principal acesso a comunidade em São João Batista
— Algumas escolas tiveram perda total e não deu para salvar o mobiliário. Inclusive, a nossa maior escola municipal foi duramente afetada, então nós não temos condições de receber todos os alunos para voltar a trabalhar. Também há professores que tiveram suas casas atingidas e que só retornaram ontem — pontua.
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Por isso, a Secretaria de Educação e a equipe jurídica da prefeitura estão em contato com associações e o Tribunal de Contas para achar uma maneira para que as aulas sejam encerradas de forma legal. Caso não seja possível, as atividades devem ser compensadas no próximo ano.
— Esse ano nós acreditamos que não há condições de voltar as aulas — pontua Kaiser.
Confira a entrevista na íntegra:
A prefeitura segue contabilizando os estragos causados pela chuva. Comunidades seguem isoladas e equipes continuam realizando a limpeza das vias. A estimativa é de que o prejuízo supere os R$ 50 milhões.
Na manhã desta quarta-feira, uma ponte desabou e interditou o principal acesso à Colônia Nova Itália onde vivem aproximadamente 1 mil pessoas. A Defesa Civil do município foi ao local e orienta que a população procure rotas alternativas para o deslocamento.
Ponte desaba e interdita principal acesso a comunidade em São João Batista
Município em estado de calamidade
São Batista teve o estado calamidade pública reconhecido pelo governo federal. Com a medida, haverá liberação de recursos do Executivo para o socorro aos afetados pelas chuvas na cidade.
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Mais de duas mil pessoas foram resgatadas em São João Batista após as chuvas. Cerca de 10 mil se alojaram em casas de parentes ou conhecidos.
Cinco dias depois da tragédia, 50 pessoas permanecem alojadas nos dois abrigos institucionais ainda em funcionamento, incluindo algumas das que foram retiradas preventivamente da localidade de Macaco Branco por risco de deslizamentos.
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