O povo da Colômbia, com o apoio de amigos em todo o planeta, está tornando possível o impossível, afirmou o presidente colombiano Juan Manuel Santos em seu discurso ao receber em Oslo o Prêmio Nobel da Paz.
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“A guerra que causou tanto sofrimento e angústia a nossa população, ao longo e por todo nosso belo país, acabou”, acrescentou, taxativo, o presidente entre aplausos do público.
Santos recordou a frustração que representou a vitória do não no referendo convocado para legitimar o acordo de paz assinado com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Este fato recordou a ele, disse, uma pasagem do livro “Cem Anos de Solidão”, do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, seu compatriota.
“Os colombianos nos sentimos como habitantes de Macondo: um lugar não apenas mágico, como também contraditório”.
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“Eu me propus converter este revés em uma oportunidade”, afirmou, reafirmando que a concessão do Nobel da Paz foi “um presente dos céus”.
“Em um momento em que nosso barco parecida ir à deriva, o Prêmio Nobel foi o vento de popa que nos impulsionou para chegar a nosso destino: o porto da paz!”.
“E o conseguimos. Chegamos ao porto!”.
“O impossível pode ser possível”, acrescentou, lançando uma pergunta: se conseguimos aqui, por que não se pode conseguir no resto do mundo?
* AFP