Um San-São na semifinal, um camisa 11 alvinegro endiabrado e o Santos na decisão do Campeonato Paulista. Você já viu esse filme. A trilogia 2010, 2011 e 2012 virou saga, série. Por isso, não foi exagero quando aos 35 minutos do segundo tempo a Vila Belmiro cantou em coro: “O freguês voltou!”. Com a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, conquistada neste domingo, o Peixe está na final do Estadual pela sétima vez consecutiva, desta vez contra o Palmeiras.

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O sexto triunfo sobre o rival em mata-matas no século aumenta um tabu do Santos em jogos eliminatórios que vem desde 2000 e acaba com outro, o de não ganhar do Tricolor nos últimos quatro jogos.

Foi talvez a semifinal mais difícil para o Peixe contra o rival na história recente. Mesmo desorganizado taticamente em alguns momentos e tendo enorme dificuldade para penetrar na área alvinegra, o São Paulo assustou, diminuiu a vantagem no fim com Luis Fabiano e pressionou até os minutos finais.

O futebol não foi feito para ser justo, mas outro placar que não a vitória santista não iria condizer com o que foi a partida. Em casa, o Santos criou as principais ações e confirmou a melhor campanha da primeira fase em relação ao rival. E muito graças a uma atuação primorosa de Lucas Lima – visto em todos os setores do campo -, à experiência de Robinho para cadenciar o jogo e ao brilho de Geuvânio.

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Aliás, o garoto merece destaque. Daquelas coisas que não se sabe se obra do destino ou pensadas por uma mente brilhante, o Peixe decidiu entregar a camisa 11 (antes de Thiago Ribeiro) para ele, que vinha usando a 45. O déjà vu estava pronto. Como Neymar fez nas três semis contra o São Paulo, ele deitou e rolou no primeiro tempo, com dribles, arrancadas e bons passes. Desempenho coroado com um golaço, mas que esgotou o jogador, que chegou a vomitar em campo e saiu depois.

Oportunista, Ricardo Oliveira deu um pouco de tranquilidade com seu gol no fim, mas o sufoco duraria até os minutos finais, após Luis Fabiano diminuir, na única vez que o Tricolor teve profundidade e conseguiu penetrar na área santista. Das três últimas vezes que eliminou o São Paulo na semi, o Santos sagrou-se campeão. A ver se o déjà vu se repetirá na decisão.

* LANCEPRESS