Santa Madre Paulina marcou a migração em Nova Trento em dois momentos da história da cidade. A própria santa veio de fora – era de Trento, na Itália – e chegou junto com os colonizadores no século 19. E agora, 10 anos após sua santificação, é responsável por um novo marco migratório: de pessoas de fora do Estado que vêm trabalhar ou montar negócios em função do turismo religioso.
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Clebio Paiva, de 57 anos, há três meses assumiu a Pousada Portal do Vígolo. Mineiro, viveu boa parte da vida como bancário no Paraná. Chegou em Santa Catarina há 17 anos, onde trabalhou em agências de Brusque e Florianópolis. A partir da aposentadoria, enxergou uma oportunidade em trabalhar no ramo da hotelaria no segundo maior polo de turismo religioso do país. Paiva já está bem envolvido com a comunidade, participando das associações comunitárias e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
– A gente acredita na perspectiva turística. Além disso, a cidade é bem pacata, muito boa de morar. É bem organizada e segura – disse Paiva, que espera mais investimentos da prefeitura em marketing focado no turismo religioso.
Conforme o secretário municipal de Turismo, Eloísio Voltolini, o turismo religioso atrai investidores para Nova Trento, principalmente no setor de comércio. Ele afirma que a cidade também recebe muitos profissionais pela falta de mão de obra local. O município recebe por mês cerca de 70 mil turistas, a maioria do Paraná e Rio Grande do Sul.
– A cidade evoluiu bastante com o turismo religioso. Nós temos cerca de 400 apartamentos em hotéis e, em cinco anos, deveremos dobrar esse número. Há 10 anos tínhamos apenas 30 leitos. Eram três restaurantes, hoje são 15. Estamos crescendo – afirmou.
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