Santa Maria sempre ficará marcada na carreira do jovem tenista Orlandinho Luz, 16 anos. Maior promessa brasileira no tênis, o atual número 2 no ranking da ATP, principal classificação mundial da modalidade, na categoria até 18 anos, está na cidade para participar da 6ª edição do ATC Future.
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:: Tenistas brasileiros dominam chave principal do ATC Future 2014
No Coração do Rio Grande, o atleta de Carazinho deu as primeiras raquetadas em torneios que considera dos mais tradicionais e importantes no início da sua vida no tênis.
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_ Sou de Carazinho, e sempre foi mais perto viajar a Santa Maria para participar das Copas Docelina e da Copa ATC. São torneios que me marcaram bastante, porque naquela época eram gigantescos para mim _ lembra o tenista, que foi bicampeão da Copa ATC (2010 e 2011), campeão da Copa Docelina 2010 e semifinalista do ATC Future em 2013.
Orlandinho Luz estreia nesta terça-feira no ATC Future, às 18h, em partida da chave principal do torneio. A entrada para acompanhar o jogo é gratuita.
_ Hoje, vir para um torneio com esse nome é uma honra. Dentro da quadra, todos são iguais e tudo pode acontecer. Vida de tenista é assim. Tu podes ser campeão em um semana e cair fora na primeira rodada na outra _ conclui Orlandinho.
Sobre a participação no ATC Future, ele recorda de alguns momentos em Santa Maria, quando o seu pai (Orlando Luz) foi seu treinador.
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_ O ATC Future 2013 foi a minha primeira semifinal na carreira profissional. Aqui sempre será um marco para mim. Tive um momento muito bom com meu pai, que foi meu treinador. Pude ter essa experiência com ele e acabou dando certo. Foi muito bom vê-lo do lado de fora da quadra como meu treinador, porque me espelho muito nele _ recorda o tenista, que, atualmente, treina no Itamirim Clube de Campo, em Itajaí (SC), mas, há três semanas, era treinado por Larri Passos, conhecido mundialmente por ter trabalhado com Gustavo Kuerten, o Guga.
Quanto às comparações com Guga, maior tenistas brasileiro da história, Orlandinho mantém a humildade e descarta o rótulo de sucessor:
_ O pessoal ficou muito dependente depois do Guga. Todos estão esperando um novo ídolo, mas, como já disse em várias entrevistas, não vai existir um novo Guga, assim como nunca vai existir um novo Ayrton Senna. Podem existir pessoas melhores ou piores, pessoas que se espelham neles. Porém, iguais, nunca vão existir, nem dentro nem fora da quadra.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
A ascensão na carreira
_ Foi muito rápido isso que aconteceu. Fui ganhando muitos torneios em sequência, semifinais em Roland Garros, campeão de duplas em Wimbledon, nas Olimpíadas da Juventude na China. Agora, tenho que ter muito cuidado. Todos os juvenis sofrem com a transição para o profissional.
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O início no tênis
_ Venho de família humilde. Eu sei como é difícil começar essa vida. E dentro das dificuldades que eu tive, sempre procuro ajudar os colegas da forma que eu posso. Comecei nas quadras do Clube Comercial, em Carazinho, aos três anos.
Olimpíada do Rio, em 2016
_ Espero estar apto a jogar a Olimpíada. O que mais prezo é jogar pelo meu país. Seria uma grande honra estar lá com apenas 18 anos, atuando ao lado de grandes nomes do tênis e que já foram meus ídolos quando pequeno.