Uma comitiva do Ministério da Saúde aterrissou às 15h deste sábado na Base Aérea de Santa Maria (BASM) trazendo o antídoto contra os efeitos do gás cianeto, inalado por sobreviventes da tragédia na boate Kiss, na madrugada do dia 27 de janeiro.

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Do total de 140 kits do medicamento que chegaram ao Brasil, 64 foram destinados a pacientes de Santa Maria internados em UTIs dos hospitais de Caridade e Universitário.

Inicialmente, o antídoto seria usado em 20 pacientes. De acordo com a coordenadora da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Ilse Melo, ainda será feita uma avaliação dos quadros de saúde para verificar se outros pacientes vão precisar do remédio.

O material não é produzido no Brasil. Foi buscado nos Estados Unidos, onde este tipo de gás – produzido durante a queima da espuma que estava no teto da boate e inalado durante o incêndio – é usado com condenados à pena de morte.

Antes de chegar à Santa Maria, o avião Legacy da Força Aérea Brasileira que trouxe o antídoto parou na Base Aérea de Canoas por volta das 13h. Na Grande Porto Alegre, 18 pacientes devem receber doses da medicação.

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O medicamento chegou ao país no voo 243, vindo de Saint Louis. O hidroxicobalabima, como é chamado o medicamento, serve como um antídoto para o cianeto, elemento químico venenoso depositado no corpo dos jovens que aspiraram a fumaça tóxica contendo ácido cianídrico. A carga foi doada pelo governo norte-americano, a partir de pedido encaminhado pelo Ministério da Saúde.

Às 10h20min, os kits passaram pela alfândega, sendo inspecionados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O medicamento

A Hidroxicobalamina (vitamina B12 injetável) é indicada para o tratamento de intoxicação por cianeto – gás tóxico ao sistema respiratório.

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