Anunciado como a maior injeção de crédito no agronegócio da história, R$ 136 bilhões, o Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 trouxe a preocupação com a armazenagem. O pacote lançado pela presidente Dilma Rousseff, ontem, oferece R$ 25 bilhões para financiar a construção de armazéns privados nos próximos cinco anos, além de R$ 500 milhões para modernizar e ampliar a capacidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Continua depois da publicidade

Dentro do plano da Conab, R$ 350 milhões serão investidos na construção de 10 novas unidades armazenadoras, uma delas na cidade catarinense de Xanxerê. A capacidade da companhia deve saltar de 1,96 milhões para 2,81 milhões de toneladas. A presidente Dilma antecipou que parcerias público-privadas garantirão a ampliação. Outros R$ 150 milhões irão para reforma de unidades já instaladas no Brasil.

– Vamos superar todas as deficiências dos nossos armazéns – prometeu o ministro da Agricultura, Antônio Andrade.

Atualmente, o Brasil está apto a estocar 144 milhões de toneladas de grãos, diante de uma safra que deve chegar a 190 milhões. A diferença de 46 milhões o governo pretende eliminar com a linha de crédito, que oferece prazo de pagamento de 15 anos a juros de 3,5% ao ano. Pelas estimativas do Ministério da Agricultura, só na próxima safra o país deve ampliar em 13 milhões de toneladas a capacidade de estocagem.

Continua depois da publicidade

A injeção de R$ 136 bilhões – R$ 97,6 bilhões para custeio e comercialização e R$ 38,4 bilhões para investimento – supera em 18% a edição anterior do Plano Agrícola e Pecuário.

A taxa de juros anual média do crédito rural seguiu em 5,5%, sendo que em alguns casos, como financiamento do médio produtor ficou em 4,5% ao ano. O Ministério da Agricultura deve fechar nos próximos dias a estimativa regional do destino do crédito. Na safra passada, Santa Catarina demandou R$ 7,7 bilhões.

– Se forem gastos em todas as áreas previstas, não faltarão recursos. Nós iremos complementar. Por isso, gastem e terão mais – incentivou a presidente Dilma.

Continua depois da publicidade