Com 254 casos de dengue confirmados no ano passado, Santa Catarina se preocupa em controlar o contágio em 2014. Janeiro e fevereiro devem ser meses críticos da doença, pois é no verão que ocorre a maior proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

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Nos nove primeiros dias do ano foram identificados 62 focos em território catarinense e uma suspeita de contágio em Curitibanos, no Centro-Oeste, aguarda análise. Outras duas foram descartadas. A região mais preocupante é o Oeste, onde o município de São Miguel do Oeste já concentra mais da metade dos locais onde há presença do mosquito. Em 2013, a cidade registrou 379 focos e dois casos confirmados. Chapecó identificou a presença do transmissor em 1.089 pontos.

– Essa região é favorável à proliferação, já que é próxima à fronteira com a Argentina, país que registra infestação da dengue – diz a gerente de vigilância de zoonoses e entomologia da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Suzana Zeccer.

SC está vulnerável à doença

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A preocupação da Vigilância Epidemiológica do Estado resulta do diagnóstico de 2013. Suzana explica que SC está vulnerável e há risco de a dengue se estabelecer no território, aumentando a transmissão. Em 2013, 18 pessoas contraíram a doença aqui, sem ter passado por outro Estado. Um ano antes, esse tipo de caso, chamado de autóctone, ocorreu apenas uma vez, em Joinville. O esforço é para que não haja circulação do mosquito e que essa forma de infecção em SC seja combatida.

– O combate não é só uma obrigação do governo. Deve haver uma ação conjunta com a população, evitando as condições favoráveis para a instalação do mosquito – defende.

O ano de 2013 contabilizou 2.197 focos da doença em 84 munícipios e 254 casos confirmados. Para se ter uma ideia, em 2012, o mosquito foi localizado em 1.268 pontos e 85 pessoas contraíram dengue.

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Apesar de não haver registro de casos confirmados em 2014, a gerente de vigilância de zoonoses e entomologia diz que em breve os números começarão a aparecer, pois a dengue tem um período de incubação. Apenas quando os primeiros sintomas surgem é que é possível encaminhar os exames para a comprovação.

Como prevenir

Evite deixar água acumulada no quintal, jardim ou terreno baldio em pneus, tampas de garrafas etc

– Trate a piscina com cloro. Se não estiver em uso, deixe-a vazia

– Lave vasilhas de água e comida dos animais de estimação com escova e sabão – Coloque areia nos pratos de plantas e remova duas vezes por semana a água acumulada

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– Mantenha lixeiras tampadas e não acumule lixo

– Evite poças d’água em locais com sombra, onde a fêmea do mosquito pode colocar os ovos