Moradores e turistas que escolhem Santa Catarina para veranear conhecem bem a diversidade e beleza das paisagens catarinenses, com ilhas, costões, enseadas e baías, mas muitas vezes não sabem que o Estado possui um dos mais detalhados sistemas de monitoramento das condições das águas usadas para lazer, a chamada balneabilidade, que indica pontos próprios e impróprios para banho.
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Durante a temporada de verão, entre novembro e março, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) realiza coletas semanais em 199 pontos dos 531 km do litoral catarinense para fazer o monitoramento da qualidade da água do mar para o banho humano. Nos demais meses, as análises são mensais.
– É um trabalho importante, pois o fluxo populacional é grande pelo Estado no verão. Somente na Capital, mais que dobra o número de pessoas e um sistema que já tem dificuldades durante o inverno pode se sobrecarregar – adverte o gerente de Pesquisa e Análise da Qualidade Ambiental da Fatma, Rafael Schadeck.
Considerando a extensão da área e o número de amostras, Santa Catarina tem a quarta menor distância média entre os pontos de coleta de todo o Brasil.
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Outros estados com extensão litorânea parecidas, como Amapá (598 km) e Ceará (573 km) coletam amostras em 8 e 65 pontos, respectivamente. As técnicas utilizadas em todo o país são as mesmas, seguindo as normas da Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Início de temporada com menos pontos impróprios dos últimos sete anos
O primeiro relatório de balneabilidade da temporada 2014/2015, indica que 20,6% dos pontos analisados pelo Estado estão impróprios, o menor percentual desde a temporada 2007/2008 (20,4%). Os dados de Florianópolis também registraram a menor marca (25,8%) desde 2007/2008 (20,3%).
Durante o ano, os pontos impróprios para banho podem variar bastante, por isso a importância do monitoramento constante.
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– Alguns locais se tornam impróprios ou deixam de ser impróprios durante o ano. Isso está muito relacionado a condições climáticas, como chuvas intensas, que carregam dejetos para o mar, e ao fluxo populacional, que começa a se concentrar nas praias durante o verão, tornando algumas delas impróprias – explica o diretor de Proteção dos Ecossistemas da Fatma, Márcio Luiz Alves.
Nesta temporada foram feitos cinco relatórios, e já se observa a mudança observada por Alves. Pontos considerados próprios na primeira avaliação do ano, feita na segunda semana de novembro, se tornaram impróprios com o aumento do fluxo de pessoas, como Sambaqui, um ponto da praia de Ponte das Canas e um ponto da praia dos Ingleses, na Capital, e pontos da praia Central de Balneário Camboriú.
Pontos críticos do Estado são monitorados
O Litoral Sul é a região com menos pontos impróprios para banho do Estado. Para a Fatma, além de menores concentrações populacionais, mesmo durante o verão, a costa sul catarinense é geograficamente privilegiada, poucos recortes e costões mais abertos.
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Veja o mapa atualizado da balneabilidade em Santa Catarina:
Entenda como são feitas as coletas e análises