Santa Catarina tem o menor índice de adolescentes vítimas de homicídios no Brasil. Dados divulgados nesta quarta-feira pela Unicef mostram que o Estado é o único do país com menos de um adolescente morto para cada grupo de mil habitantes. O Ceará lidera o quadro, com a proporção de 8,71 mortes de jovens para cada mil habitantes.

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A pesquisa comparou assassinatos de adolescentes de 12 a 18 anos nos 300 municípios brasileiros mais populosos, considerando informações de 2014. Entre as capitais, Florianópolis também é destaque no estudo, com a segunda menor taxa nacional: 1,73 mortes de adolescentes para cada grupo de mil habitantes, à frente apenas de Boa Vista (RR), com 1,4 mortes. A capital mais violenta para os jovens é Fortaleza (CE), com 10,94 mortes de adolescentes por grupo de mil.

O ponto de atenção do estudo em Santa Catarina aponta para a região da Foz do Rio Itajaí, que abrange cidades como Balneário Camboriú, Itajaí e Navegantes, por apresentar crescimento considerado significativo nos últimos anos, ultrapassando o patamar de duas mortes para cada grupo de mil habitantes (mais que o dobro da média estadual).

Entre as dez maiores cidades catarinenses analisadas, o pior índice em 2014 ficou com Palhoça (2,46 mortes para cada mil), enquanto Lages e Jaraguá do Sul tiveram os melhores cenários, com nenhuma morte registrada entre adolescentes.

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A região Sul do país também concentra os melhores índices nacionais, com os três Estados apresentando marcas abaixo de três mortes para cada mil. A avaliação geral do estudo conclui que os assassinatos de adolescentes têm crescido no Brasil, especialmente nos Estados do Nordeste, atingindo principalmente garotos negros.

Das dez capitais mais violentas para um adolescente, sete estão no Nordeste. Em 2014, os adolescentes negros tinham um risco quase três vezes maior de serem vítimas em relação ao dos brancos. O risco de um adolescente ser morto por arma de fogo é 6 vezes maior do que por outros meios.

O estudo Índice de Homicídios na Adolescência 2014 é resultado de uma parceria entre o Unicef, o Ministério dos Direitos Humanos, o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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