Nos dois primeiros meses de 2017, Santa Catarina registrou 2.153 focos de Aedes aegypti, mosquito transmissor dengue, da febre de chikungunya e do zika vírus. Esses focos estão concentrados em 96 municípios catarinenses, sendo que 53 deles são considerados infestados, conforme divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC) nesta quinta-feira. Os números são referentes ao período de 1 de janeiro a 25 de fevereiro.
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A quantidade de focos é praticamente a mesma registrada no mesmo período do ano passado, quando foram identificados 2.310 focos, em 104 municípios. Apesar da quantidade de mosquitos, o Estado registrou até o momento um caso de dengue, no município de São Miguel do Oeste, que está aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI); e um de febre de chikungunya, em um residente no município de Florianópolis que adquiriu a doença no Pará. No mesmo período do ano passado, haviam sido confirmados 1.337 casos de dengue em Santa Catarina.
— Apesar de não estarmos registrando casos de dengue, não podemos nos tranquilizar. Os dados confirmam que o mosquito está presente e as ações de eliminação de criadouros e de controle vetorial devem se manter constantes — enfatiza Suzana Zeccer, gerente de vigilância de zoonoses da Dive/SC.
Ações dentro dos órgãos públicos
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O governo no Estado publicou o Decreto 1.079 de 01 de março de 2017, instituindo comissões de articulação e monitoramento das ações de prevenção e eliminação de focos do Aedes aegypti no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta.
— Com isso, todos os órgãos estaduais devem criar suas comissões para inspecionar esses locais, eliminando condições para a proliferação do mosquito — comemora Suzana.
Municípios infestados
Atualmente, existem 53 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina (a definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos).
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