Santa Catarina alcança quase o dobro da média nacional na porcentagem de cidades que têm pelo menos uma livraria. O número de estabelecimentos do tipo vem caindo no Brasil: em 2001, 42,7% dos municípios brasileiros tinham livrarias; no final de 2019, o número despencou para 17,7%. Nas cidades catarinenses, porém, o índice é mais alto: das 295 cidades catarinenses, 90 têm livrarias, o que equivale a 30,5% do total. O acesso aos livros também é democratizado por meio das bibliotecas públicas, que estão presentes em 265 cidades – ou seja, em 89,8% delas.
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Os dados foram revelados em uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) voltada especificamente para o consumo de cultura no Brasil e publicada no final de 2019. A pesquisa indica que quase a totalidade dos municípios de Santa Catarina (291 deles) têm ao menos um dos chamados "aparelhos culturais", termo que abarca não só livrarias e bibliotecas, mas também museus, teatros, centros culturais e esportivos, e até mesmo estabelecimentos como videolocadoras e lojas de discos.
A maioria das cidades catarinenses (246, ou 83,3% do total) conta com ginásios ou estádios poliesportivos; e boa parte tem museus e centros culturais (respectivamente, 127, ou 43%; e 97, ou 32,8%). Há bem menos localidades com centros de artesanato (68 municípios, ou 23% do total), teatros ou centros de espetáculos (51 cidades, ou 17,2% delas) e galerias de arte (apenas 15 municípios, 5% do total).
Também é interessante notar que os moradores de muitas cidades ainda consomem cultura de maneiras mais tradicionais ou "analógicas": as salas de cinema estão presentes em apenas 33 localidades (11% do total), mas 103 cidades (ou 34,9% delas) têm videolocadoras. Bancas de jornal estão presentes em 50 municípios (16,9%); lojas de discos, CDs, fitas ou DVDs, em 71 (24%); e lan houses, em 84 (28,4%).
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