A generosidade de muitas famílias logo após a perda de um ente próximo fez a diferença na vida de muitas pessoas que aguardavam pelo transplante no último mês de julho, em Santa Catarina. Foram 34 doações de órgãos no Estado, número recorde desde 2014, segundo a Central Estadual de Transplantes (SC Transplantes).
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Se comparado ao mesmo período de um ano antes, o número atingiu mais que o dobro, já que em 2018 foram 16 doações efetivas de órgãos – quando se aproveita ao menos um órgão para transplante. Em 2017 foram 18, também em julho.
De acordo com o coordenador do programa, Joel Andrade, com base nos dados contabilizados, o percentual de famílias que não autorizam a doação em Santa Catarina atualmente é de 27,4% o que representa uma vitória aos envolvidos no programa:
— Nós tivemos 70% de autorizações rejeitadas em anos anteriores. Baixamos para 30% e agora reduzimos ainda mais o percentual — diz.
Para o coordenador, entretanto, ainda há muito que se trabalhar para chegar ao objetivo, que é reduzir as negativas de autorização para 10%.
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Joel atribui o recorde de doações a uma série de fatores: ao treinamento dos profissionais responsáveis por fazer o pedido às famílias, somado ao movimento A Vida Com Vida da NSC e às visitas da coordenação junto aos hospitais.
— Durante as visitas aos hospitais eu dou um respaldo do trabalho de cada envolvido e isso, ao que indicam os números, ajudou.
No primeiro semestre do ano, o mês que havia superado os índices foi o de março, com 27 doações, seguido de junho, com 25. Já em relação aos órgãos que foram transplantados, não havia informações.
— A mensagem que se tira neste mês é que sempre dá para melhorar — diz, ao se referir ao número de pessoas que podem ser salvas ao receber um novo órgão.
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